sábado, 13 de agosto de 2011

Erasmo Carlos - Cantor



Erasmo Esteves nasceu no bairro da Tijuca na Zona Norte do Rio de Janeiro.  Sua mãe saiu da Bahia grávida de um homem que não quis assumir a paternidade.
Erasmo conhecia Sebastião Rodrigues Maia (que mais tarde seria conhecido como Tim Maia) desde a infância, e daí a amizade só viria na adolescência por conta da febre do Rock and Roll.


Em 1957, Tim Maia montou a banda The Sputniks, os membros da banda eram


Tim, Arlênio Lívio, Wellington Oliveira e Roberto Carlos.

Após uma briga entre Tim e Roberto, o grupo foi desfeito, Wellington desistiu da carreira musical, o único remanescente era Arlênio que no ano seguinte resolveu chamar Erasmo e outros amigos da Tijuca, Edson Trindade e José Roberto, conhecido como "China" para formarem o grupo vocal "The Boys of Rock".


Por sugestão de Carlos Imperial o grupo passou a se chamar The Snakes, o grupo acompanhava tanto Roberto quanto Tim Maia em seus respectivos shows.

Erasmo foi apresentado a Roberto por Arlênio Lívio, Roberto precisava da letra da canção Hound Dog, sucesso na voz de


Elvis Presley, então Arlênio disse que Erasmo seria a pessoa que possuiria tal letra, pois este era um grande fã de Elvis, Roberto descobriu outras afinidades com Erasmo, além de Elvis, ambos gostavam de


 Bob Nelson,


James Dean,


Marlon Brando,


Marilyn Monroe, torciam para o Vasco da Gama.

Quando fazia parte do The Snakes, Tim Maia ensinou Erasmo a tocar violão.

O The Snakes chegou a acompanhar, o cantor


Cauby Peixoto

em sua inusitada passagem pelo rock, na gravação de "Rock and Roll em Copacabana" de 1957 e no filme "Minha Sogra é da Polícia" (1958), onde o cantor interpreta a canção "That's Rock" composta por Imperial.

Nos tempos da juventude também conheceu,


Jorge Ben Jor,

na época conhecido como Babulina e


Wilson Simonal,

que também foi agenciado por Carlos Imperial.

Erasmo resolveu adotar o nome Carlos no nome artístico em homenagem ao Roberto Carlos e a Carlos Imperial.

Com a chegada da Bossa nova, Erasmo também se deixou influenciar pelo gênero, Roberto chegou a se tornar crooner cantando Bossa nova, bastante influenciado por


João Gilberto.

Antes de seguir carreira solo, Erasmo fez parte da banda

Renato e Seus Blue Caps

Renato e Seus Blue Caps.

Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda onde tinha o apelido de Tremendão, imitando as roupas e o estilo de seu ídolo Elvis Presley. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram "Gatinha Manhosa" e "Festa de Arromba".

Em 1966,


 Erasmo,


Eduardo Araújo


e Carlos Imperial

foram acusados de corrupção de menores, contudo ele e os demais foram inocentados.

Com o término do programa, entrou em crise, mas conseguiu se recuperar com a ajuda de seu parceiro Roberto Carlos e de sua esposa, Narinha.

Nessa fase de transição fez sucesso cantando "Sentado à Beira do Caminho" e "Coqueiro Verde", Roberto e Erasmo eram criticados por cantar e compor Rock e de serem americanizados, Coqueiro Verde foi o primeiro samba-rock gravado por Erasmo.

Chegou a dividir uma apartamento com Jorge Ben Jor, apontado com um dos criadores do estilo, no Bairro do Brooklin em São Paulo.

O disco Erasmo Carlos e os Tremendões já é um trabalho transitório na carreira do artista. O LP, de 1969, traz interpretações muito peculiares de canções de compositores da MPB, como "Saudosismo", de:


Caetano Veloso

e "Aquarela do Brasil", de


Ary Barroso

(lançada no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa em que Erasmo atua com:


 Erasmo atua com Roberto e Wanderléa)

e "Teletema" (canção originalmente interpretada por Regininha, sucesso por ter sido tema da novela Véu de Noiva, da Rede Globo), de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, além da primeira gravação de "Sentado à Beira do Caminho".

Na década de 1970, Erasmo assina com a Polydor. A primeira metade da década mostra o Tremendão num estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie e pelo soul, lança Carlos, Erasmo em 1971. O disco, que abre com "De Noite na Cama", escrita por Caetano Veloso especialmente para ele, traz um polêmica ode à maconha.

O existencialismo prossegue em seus outros LPs dos anos 70: Sonhos e Memórias, Projeto Salva Terra e Banda dos Contentes. "Sou uma Criança, Não Entendo Nada", "Cachaça Mecânica" e "Filho Único" são algumas canções de destaque no período. Pelas Esquinas de Ipanema, seu LP de 1978, inclui uma impactante canção que denuncia o descaso do homem com a ecologia: "Panorama Ecológico".

Participou dos filmes Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971), de Roberto Farias; e Os Machões (1972), dirigido por:

O ator e diretor Reginaldo Faria durante a coletiva do longa 'O Carteiro', realizada nesta quinta-feira (11) no Festival de Cinema de Gramado, na .... Foto: Felipe Panfili/AgNews

 Reginaldo Faria, que também atuou no filme.

Erasmo Carlos começa os anos 80 com um projeto ambicioso. Erasmo Convida é um pioneiro projeto no Brasil. Foram 12 canções interpretadas em dueto com artistas como:


 Nara Leão,


Maria Bethânia,


Gal Costa,


Wanderléa,


A Cor do Som,


As Frenéticas,


Gilberto Gil,


Rita Lee,


Tim Maia,

Jorge Ben e Caetano Veloso.

A faixa de abertura do álbum foi a que teve maior destaque nas rádios: a regravação de "Sentado à Beira do Caminho", com a participação do parceiro Roberto Carlos nos vocais.

No ano seguinte, o LP Mulher tem uma grande repercussão com as canções "Mulher (Sexo Frágil)" (escrita com sua mulher, Narinha), "Pega na Mentira" e "Feminino Coração de Deus" (de Sérgio Sampaio). O sucesso na mídia, que continuou com Amar Pra Viver ou Morrer de Amor (1982), trouxe uma cobrança para Erasmo: assim como o parceiro Roberto Carlos (no auge do sucesso), ele deveria lançar um trabalho inédito todos os anos. "Lentinha, para tocar no rádio", como disse o cantor ao relembrar seus discos na época. Embora seja a década com mais lançamentos de trabalhos novos, Erasmo tem algumas ressalvas sobre os seus discos a partir da segunda metade da década - Buraco Negro (1984), Erasmo Carlos (1985), Abra Seus Olhos (1986) e Apesar do Tempo Claro... (1988). O disco de 1988 seria seu último na Polydor (selo da Polygram, hoje Universal Music).

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que numa participação especial diminuta, no coro da versão brasileira de "We Are the World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África, ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d'Água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi, no entanto, criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

Em 1989, ele ainda faria o álbum ao vivo Sou uma Criança, com participações de:


 Léo Jaime


e dos grupos Kid Abelha


e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados

e lançados pela pequena gravadora SBK.

Nos anos 90, o trabalho de Erasmo apareceu de forma bissexta na canção. Além de sempre assinar com Roberto Carlos as canções feitas para seus discos anuais, ele lançou dois discos. Homem de Rua, lançado pela Sony Music em 1992, chegou a ter repercussão com a faixa-título, que fez parte da trilha da telenovela De Corpo e Alma, mas a canção era tema do personagem de: Guilherme de Pádua, que, ao lado da esposa Paula Tomás, assassinou a atriz Daniela Perez, num crime que chocou o país. Outra gravação de destaque foi "A Carta", na qual Erasmo cantou com Renato Russo.

Em 1995, ele voltou a ter destaque nas comemorações dos trinta anos da Jovem Guarda, que rendeu discos e shows. No ano seguinte, Erasmo gravou o álbum É Preciso Saber Viver, com regravações de canções de seu repertório. O destaque foi para "Do Fundo do Meu Coração", dueto com Adriana Calcanhotto.

Somente em 2001 Erasmo voltaria a lançar um disco novo. Pra Falar de Amor traz interpretações dele para canções apenas suas, além de cançòes de


Kiko Zambianchi


e Marcelo Camelo.

O destaque é "Mais um na Multidão", dueto com


Marisa Monte

 e de autoria de Erasmo Carlos, Marisa Monte


e Carlinhos Brown.

No ano seguinte, ele lançou seu primeiro DVD ao vivo, além de um CD duplo.

No início de 2004, ele lançou seu trabalho mais autoral: Santa Música, com doze canções de autoria apenas de Erasmo Carlos. Além da faixa-título, destaca-se a faixa "Tim", feita em homenagem a Tim Maia.

Em 2007, Erasmo novamente lançou um disco no qual recebe convidados. Erasmo Convida, Volume II apresenta novos encontros musicais em que Erasmo interpreta parcerias dele com


 Roberto.


Adriana Calcanhotto,


Lulu Santos,


Simone,


Marisa Monte,


Milton Nascimento


e as bandas Skank


e Los Hermanos

estão entre os convidados. A faixa de maior destaque nas rádios é "Olha", cantada com


Chico Buarque,

 e tema da novela das 21 horas, Paraíso Tropical, da Rede Globo.

Também em 2007, Erasmo compôs a faixa de abertura de Só Nós, o segundo disco-solo da vocalista do Kid Abelha, Paula Toller. No dia 5 de junho de 2009, no dia em que completou 68 anos, Erasmo lançou, pela sua gravadora Coqueiro Verde, o CD Rock 'n' Roll, uma homenagem ao gênero que mais o influenciou, com 12 composições próprias, sendo 7 em parceria: Nando Reis (em "Um beijo é um tiro" e "Mar vermelho"), Nelson Motta (em "Chuva ácida" e "Noturno Carioca"), Chico Amaral (em "Noite perfeita" e "A guitarra é uma mulher"), e Liminha e Patrícia Travassos (em "Celebridade"). Destaque também para "Olhar de mangá", na qual Erasmo cita nomes de 52 personalidades femininas (reais ou fictícias), a canção é inspirada nas expressões faciais usada no quadrinhos japoneses os chamados mangás.

Em 2010, Erasmo compôs em parceira como Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle um samba enredo para a GRES Beija-Flor, que anunciou um enredo sobre Roberto Carlos para 2011, porém, o samba composto por Erasmo não passou nas eliminatórias, a canção escolhida foi "A Simplicidade de um Rei", que tem como um dos co-autores, JR Beija-Flor, filho do intérprete da Escola, Neguinho da Beija-Flor.


Fonte:
Wikipédia


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