sábado, 23 de novembro de 2013

DILERMANDO REIS UM GRANDE VIOLONISTA




Dilermando Reis (1916-1977) nasceu Guaratinguetá, São Paulo, no dia 22 de setembro de 1916. Começou a estudar violão com o pai, o violonista Francisco Reis, ainda na infância. Em 1931, aos 15 anos de idade, já era conhecido como o melhor violonista de Guaratinguetá. Neste mesmo ano, conheceu o violonista Levino da Conceição, que se apresentava na cidade. Tornou-se seu aluno e passou a acompanhá-lo em suas excursões.

Em 1933 foi para o Rio de Janeiro, em companhia de Levino. Lá foi ao encontro do violonista João Pernambucano, amigo de Levino. Iniciou sua vida profissional aos 18 anos de idade. Atuou como instrumentista, professor de violão, compositor e arranjador. Naquela época as lojas de instrumentos musicais mantinham professores de música que ajudavam a aumentar a clientela. Deu aulas numa loja na rua Buenos Aires, depois fui apresentado por um aluno ao dono da loja "Ao Bandolim de Ouro".

Em 1935, passou a lecionar na loja "A Guitarra de Prata". Começou a acompanhar calouros na Rádio Guanabara. No intervalo de uma dessas apresentações, solava a valsa "Gota de Lágrima", de Mozart Bicalho quando o radialista Renato Murce ouviu e gostou. Levou o violonista para a Rádio Transmissora e deu-lhe um programa de solos de violão. O programa fez grande sucesso.

Em 1940, transferiu-se pra a Rádio Clube do Brasil. Nesse mesmo ano, formou uma orquestra composta de 10 violonistas, uma das primeiras do gênero. Atuou com êxito na Rádio Clube e também no Cassino da Urca. Em 1941, gravou seu primeiro disco pela Colúmbia, onde constavam a valsa "Noite de lua" e o choro "Magoado", um dos mais tocados.

Em 1944, lança o segundo disco, também com composições suas. Em 1946, lançou mais dois discos. Gravou pela primeira vez músicas de outro compositor. Encerrou a década de 1940, com um total de nove discos gravados. A década de 50, representou a consolidação e grande avanço na carreira do artista.
Em 1956, assinou contrato com a Rádio Nacional, com o programa "Sua Majestade, o Violão", nos primeiros anos apresentado por Oswaldo Sargentelli e posteriormente por César Ladeira. O programa tinha por prefixo a mazurca "Adelita", de Francisco Tárrega e se manteve no ar até 1969. Na década de 60, gravou vários discos. Em 1960, lançou "Melodias da Alvorada", em homenagem à nova capital, com arranjos e regência de Radamés Gnattali.

De 1941 a 1962, lançou 34 discos de duas faces num total de 68 músicas, em 78 rotações. Dentre essas, 43 de sua autoria. Com o início da era do LP, Dilermando passou a gravar perfazendo um total de 35 LPs gravados em sua carreira. Os LPs, mostraram uma nova faceta do violonista: o acompanhamento de cantores com apenas um violão, que neste caso se caracterizava pela apresentação da canção, seguida de um solo de Dilermando. Nesse estilo de acompanhar, Dilermando esteve ao lado de José Mojica quando este veio ao Brasil e fez um total de sete LPs com o cantor Francisco Petrônio.

Em 1970, Radamés Gnattali dedicou ao violonista o Concerto nº1, gravado nesse mesmo ano. Como professor, ensinou a grandes violonistas dentre os quais Darci Vilaverde e Bola Sete. Foi também professor de Maristela Kubitscheck, filha do presidente Juscelino, de quem foi grande amigo e parceiro de serenatas. Essa amizade, aliás, valeu a Dilermando a nomeação para um cargo público, o que muito lhe aliviou as dificuldades financeiras.

Em alguns de seus LPs foi acompanhado pelos grandes violonistas Horondino Silva, o Dino Sete Cordas e Jaime Florence, o Meira. Além de sua vasta obra, Dilermando deixou inúmeros arranjos editados. Na década de 90, o violonista Genésio Nogueira iniciou uma coleção de LPs e CDs dedicados à obra do compositor.

Dilermando dos Santos Reis morreu no Rio de Janeiro, no dia 02 de janeiro de 1977.

Fontes: 
Google
http://familiacamboa.blogspot.com.br

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