segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Elba Ramalho - Cantora

Elba Ramalho (2005).jpg

Elba Maria Nunes Ramalho (Conceição, 17 de agosto de 1951) é uma cantora e atriz brasileira. Vencedora de um prêmio, ainda enquanto atriz, por sua interpretação de "O meu amor" com Marieta Severo em 1978.[2] Recebeu da Associação de Críticos de Arte de São Paulo prêmio de "Melhor Show do Ano", em duas ocasiões: em 1989 pelo show Popular Brasileira e em 1996 pelo show Leão do Norte.[2]Sua primeira experiência musical veio em 1968, tocando bateria no conjunto feminino "As Brasas". Posteriormente, o grupo se transformou de musical para teatral. Contudo, Elba continuou a cantar e a participar de festivais pelo Nordeste brasileiro. Em 1979, lançou seu primeiro álbum, "Ave de Prata".[2] Em 2009, Elba fez 30 anos de carreira e celebrou os mais de 6 milhões de discos vendidos.

É bicampeã do Grammy Latino, pelos álbuns: Qual o Assunto Que Mais Lhe Interessa?, lançado em 2008 e Balaio de Amor, 2009, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras: Regional e Tropical.

Elba nasceu na Paraíba, na zona rural de Conceição, mais conhecida como Conceição do Vale do Piancó. Em 1962, a família se mudou para a cidade de Campina Grande, também na Paraíba. O pai se tornou proprietário do cinema local. Filha de músico, despertou o interesse pela mesma ainda na adolescência.

Elba fez um aborto em sua primeira gravidez, em 1973, e se diz arrependida. Revelou à Revista Veja em 1997 que não tomaria essa atitude novamente mesmo se não quisesse o filho.[3]

No meado dos anos 80 casou-se no Rio de Janeiro com o ator e cantor Maurício Mattar, com quem teve um filho, Luã, nascido aos 8 meses de gestação, em 24 de junho de 1987, na clínica Santa Clara, em Campina Grande, na noite de Festa de São João, em que Elba cantou para uma multidão de pessoas, junto com Luiz Gonzaga e Dominguinhos.[4].

O médico responsável pelo parto normal de Elba foi o Dr. João Figueiredo do Amaral. Após o nascimento de Luã, e o término das festas juninas, Elba foi se apresentar na Europa e depois voltou ao Rio com Maurício e o filho. O casal divorciou-se alguns anos depois.[5]

Foi casada com o modelo Gaetano Lopes, 25 anos mais novo, de 1996 a 2008. Eles foram apresentados por um amigo em comum, Sérgio Matos, em 1996, e em menos de dois meses terminaram seus outros relacionamentos e foram morar juntos.[6]

Casaram-se no civil em 2003 e em 2008 Elba, por ser bem católica, realizou o sonho de casar-se vestida de noiva, com as bênçãos de um padre: casaram-se no religioso, na Igreja São Batista, em Trancoso, na Bahia.[7]
Oito meses após o casamento religioso, Elba e Gaetano se divorciaram.[8]
Elba e Gaetano têm duas filhas: Maria Clara, adotada em 2002, e Maria Esperança, adotada em 2007. Elba, apesar de já ter filho biológico, sempre teve o sonho de adotar; Gaetano era estéril, e também queria ser pai.[9]

Já divorciada de Gaetano, Elba adotou outra menina, Maria Paula, em 2008. Ela já conhecia a família da menina antes da criança nascer. O processo de adoção foi mais difícil, mas ela conseguiu dar mais uma irmã a suas outras Marias.[10] Após o divórcio começou a namorar o sanfoneiro Cezinha, 33 anos mais novo.[11]. O relacionamento durou até 2010.[12]
Após terminar com Cezinha, começou a namorar o modelo de Caruaru, 35 anos mais novo, Benilson Júnior. O relacionamento durou até 2012.[carece de fontes] Em 1996, recebeu o prêmio de Melhor show do Ano, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo.[2] Em 2008, Elba comemorou trinta anos de carreira, contabilizando mais de seis milhões de cópias vendidas dos trabalhos. É bicampeã do prêmio Grammy Latino, pelos discos: Qual o Assunto Que mais Lhe Interessa?, lançado em 2007 e Balaio de Amor, lançado em maio de 2009, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras - Regional e Tropical.

Em 1966, participou, pela primeira vez, de uma apresentação no palco, no Coral da Fundação Artística e Cultural Manuel Bandeira, do qual fazia parte, com "Evocação do Recife". Os Corais Falados Manuel Bandeira e Cecília Meireles ganharam fama e passaram a ser vistos por todo o Nordeste, com destaque para as apresentações da futura cantora. Protagonizou as montagens poéticas de Castro Alves, Thiago de Mello, Lindolfo Bell, Carlos Pena Filho e Figueiredo Agra. Participou das montagens das peças "Ministro do Supremo" e "Diálogo das Carmelitas".[13] Em 1968, enquanto cursava a faculdade de Economia e Sociologia na Universidade Federal da Paraíba, formou o conjunto As Brasas, no qual atuou como baterista, que posteriormente se transformou em grupo teatral. Contudo, Elba não deixou de cantar, e se apresentou em diversos festivais pelo Nordeste.[2]

Em 1974, Elba mudou-se para o sudeste do país, mas precisamente a Cidade do Rio de Janeiro, para ter mais destaque na carreira, a pedido de Roberto Santana, produtor de Chico Buarque e Caetano Veloso, chegando ao Rio com o grupo Quinteto Violado,[2] para apresentar como crooner durante uma temporada na cidade. No mesmo ano, participou da peça Viva o Cordão Encarnado, em parceria com o grupo teatral Chegança, de Luís Mendonça, sendo aclamada pela crítica por conta da hiperatividade no palco, o que se tornaria a principal característica.

Elba fez a primeira apresentação nos palcos, juntamente com o coral da Fundação Artística e Cultural Manuel Bandeira.

Negou-se a voltar para o Nordeste, onde abandonou o curso universitário e, na capital fluminense, se estabeleceu como atriz teatral, sempre interpretando papéis ligados à música.[2] Sem qualquer apoio ou recurso financeiro, passou a frequentar o Baixo Leblon, onde conheceu artistas como Alceu Valença e Carlos Vereza. Em 1977, atuou no filme Morte e Vida Severina, inspirado na obra homônima do autor pernambucano João Cabral de Melo Neto. No ano seguinte pertenceu ao elenco da peça de Chico Buarque, Ópera do Malandro, dirigida por Luís Antônio Martinês Correia, na qual interpretou a prostituta Lúcia. Ainda enquanto atriz, foi vencedora de um prêmio pela interpretação da canção O meu amor, com a atriz Marieta Severo.[14]

A peça Ópera do Malandro foi lançada numa época em que a poética de Chico Buarque estava "afiadíssima". Elba Ramalho foi presença de grande destaque, o que impulsionou a carreira de atriz e cantora. Diante disso, Chico Buarque inseriu uma gravação O Meu Amor, interpretada por Elba e pela então esposa Marieta Severo, para o disco auto-intitulado, lançado em 1978, e também no álbum duplo da peça, lançado no ano seguinte. A canção foi um grande sucesso, e por isso mesmo, mereceu também um dueto das cantoras Alcione e Maria Bethânia no antológico álbum Álibi, da última, lançado naquele mesmo ano de 1978.

Elba investiu na carreira de cantora e gravou o primeiro álbum, lançado pela extinta CBS (atualmente Sony Music) — numa época em que a gravadora investiu muito em artistas nordestinos —, em 1979, intitulado Ave de Prata, com destaque para a faixa-título e as canções Canta coração e Não sonho mais, esta última composta por Chico Buarque para a trilha sonora do filme A República dos Assassinos. O trabalho contou com diversas participações especiais de músicos e compositores consagrados, casos de Dominguinhos, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Novelli, Vinícius Cantuária, Sivuca, Robertinho de Recife, Nivaldo Ornelas e Jackson do Pandeiro — parcerias que perduram até os dias atuais.

A partir de então, o sucesso apareceu de forma gradual, embora ela própria considere que o teatro esteja presente em todos os espetáculos, sendo o grande responsável pela força cênica peculiar. As apresentações também obtiveram relevante sucesso em teatros internacionais, como o Olympia de Paris, o Blue Note de Nova Iorque, o Brixton Academy, de Londres e o Festival de Montreux, na Suíça. O repertório se manteve eclético durante todo esse tempo, trazendo canções típicas do nordeste brasileiro, baladas românticas, rocks, sambas e até o blues norte-americano.

Em 1980 gravou o segundo LP, Capim do vale, que trouxe canções de compositores nordestinos antigos e contemporâneos, apresentando um repertório regional, com destaque para a faixa-título e as canções Banquete dos signos, Porto da saudade, Caldeirão dos mitos e Veja (Margarida), e fez a primeira turnê internacional, na África. No ano seguinte, lançou o disco Elba, o último para a gravadora CBS, com arranjos de Miguel Cidras e José Américo Bastos, que não obteve maior repercussão; destaque para as canções Temporal e Cajuína, e duas faixas somente de voz e violão — O pedido e Eu queria. No mesmo ano, em 4 de julho, apresentou-se no Festival de Montreux, na já tradicional noite brasileira. O show foi gravado e, em seguida, trechos da apresentação foram incluídos no álbum coletivo Brazil Night Montreux 81, (que também tinha trechos dos shows dos cantores Toquinho e Moraes Moreira). Lançado pela gravadora Ariola, contém as músicas Baião, Tudo azul e a primeira gravação — ao vivo — deBate coração, xote que a colocou definitivamente em evidência. Por não ser um disco de carreira e devido ao grande sucesso, Elba regravou a música em estúdio e a incluiu no trabalho do ano seguinte.

Em 1982 transferiu-se para a extinta gravadora Ariola/Barclay (atualmente Universal Music), marcando o início da fase de maior popularidade na carreira, disputando a parada de sucessos daquele ano com outras cantoras como Gal Costa, Simone, Rita Lee, Beth Carvalho, Baby Consuelo, Amelinha e Clara Nunes. O trabalho que marca a estreia nessa gravadora — Alegria, produzido por Aramis Barros com direção artística de Mazzola —, vendeu mais de 300 mil cópias, lhe rendendo o primeiro disco de ouro, emplacando nas paradas de sucesso os forrós Bate coração, Amor com café (ambos de Cecéu) e No som da sanfona, de autoria de Jackson do Pandeiro, que também tocou pandeiro na faixa e viria a falecer em 10 de julho daquele ano; também se apresentou na Suíça, Portugal, Israel e ainda participou da série Grandes Nomes (TV Globo), ao lado de Alceu Valença. Sobre a escolha de Bate coração, lançada por Marinês no ano anterior, Elba comenta: Um primo meu, médico, o Ari Viana, pesquisava muito as músicas da Marinês, que era meu ídolo, e me mandava para eu ouvir. Numa dessas, esbarrei com o Bate coração e resolvi cantar.

O álbum também trouxe arranjos do maestro José Américo Bastos e canções de Lula Queiroga (Essa alegria — Caboclinhos), Alceu Valença (Chego já), Vital Farias (Sete cantigas para voar, com arranjo e violão do próprio) e Geraldo Azevedo (Menina do lido, gravada em dueto com o autor). A partir deste álbum, que lhe garantiu seus primeiros discos de ouro e platina, o sotaque estava menos carregado, ao contrário dos três primeiros discos. Em seguida, houve o espetáculo homônimo, o primeiro que foi muito elogiado pela imprensa, pois rompeu com a estética do rústico e do sombrio que norteava as apresentações de muitos de seus conterrâneos na música brasileira; neste, já havia um cenário de figurinos exuberantes, combinações de luzes e cores e o clima festivo das ruas nordestinas. Sobre o espetáculo, Elba declarou: Mostro meu lado teatral desde o meu primeiro show, Ave de prata, mas o Alegria foi a afirmação disso. Foi meu primeiro espetáculo muito elogiado pela imprensa. Trata-se também de um show com efeitos teatrais, com Elba interpretando personagens que havia feito anos antes em peças de teatro, como Mateus e Catarina. No repertório deste, destaque para a canção Deixa escorrer, de Caetano Veloso sobre poema de Mayawowski, que a censura vetara a inclusão no LP.

Em 1983 lança o elogiadíssimo álbum Coração Brasileiro, que contou com a produção de Mazzola e arranjos de Lincoln Olivetti (Banho de cheiro e Vida e carnaval), Luiz Avellar (Toque de fole e Batida de trem), César Camargo Mariano (Ave cigana, Canção da despedida e A volta dos trovões), Francis Hime (Se eu fosse o teu patrão), o grupo A Cor do Som (Chororô), Severo (Roendo unha) e Zé Américo (Ai que saudade d'ocê).

Os maiores êxitos do repertório foram as canções: Banho de cheiro (frevo de Carlos Fernando e faixa de abertura do álbum), o xaxado Toque de fole (Bastinho Calixto e Ana Paula) — primeira faixa a estourar nas rádios —, a toada Canção da despedida (parceria bissexta de Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré, censurada durante a ditadura militar) e o xote Ai que saudade d'ocê (Vital Farias). O disco contou com as participações especiais de Chico Buarque, os grupos Céu da Boca e Roupa Nova, e o guitarrista Robertinho de Recife nas faixas Se eu fosse o teu patrão — composta por Chico para a peçaA Ópera do Malandro —, A volta dos trovões (Bráulio Tavares e Fuba) e Vida e carnaval (Moraes Moreira e Aroldo), respectivamente. Na faixa Toque de fole inclusive, contou com a participação especial dos sanfoneiros Sivuca, Severo e Zé Américo. A faixa-título, de autoria do mineiro Celso Adolfo, aparecia apenas como uma vinheta de 15 segundos; apesar de constar no encarte com a letra completa, somente os primeiros versos eram cantados, à capela: No meu coração brasileiro / Plantei um terreiro / Colhi um caminho / Armei arapuca / Fui pra tocaia / Fui guerrear.

O trabalho consagrou definitivamente a cantora e conquistou discos de ouro e platina, e originou o espetáculo homônimo aclamado pela crítica especializada, realizado na casa carioca de espetáculosCanecão, bateu pela primeira vez os recordes de público ali registrados nos shows de Roberto Carlos; foram 97 mil pessoas em dez semanas, traduzidas em 44 apresentações, com ingressos esgotados duas semanas antes do término da temporada. Elba foi capa da Veja na edição de 30 de novembro, sendo considerada pela revista a maior estrela da música brasileira em 1983, cuja manchete de capa eraO brilho da estrela, que dizia: Depois do sucesso no Canecão e da semana de seu especial na TV Globo, Elba Ramalho se reafirma como figura única no mundo do espetáculo. A cantora foi também tema do especial de fim de ano da Rede Globo, exibido na sexta-feira, 2 de dezembro de 1983.

Em relação às fotos teatrais da contracapa, foi uma ideia do diretor Naum Alves de Souza, de rebobinar personagens que Elba havia interpretado em espetáculos ao longo da carreira; o anjinho e o leque da capa, presentes da amiga Marieta Severo, que por sinal lhe apresentou ao diretor. No ano seguinte, a Polygram alemã decidiu que seria o primeiro trabalho solo de um artista brasileiro a ser lançado internacionalmente em CD - três anos antes de o formato começar a ser comercializado no Brasil com artistas nacionais, por meio da série Personalidade.

Prosseguiu com o álbum Do jeito que a gente gosta (1984), produzido por Mazzola e lançado num momento em que a cantora estava no auge do sucesso. O repertório deste, escolhido a quatro mãos com o produtor, apresentou grande versatilidade de ritmos, com destaque para dois forrós nordestinos, puxados a sanfona e zabumba: a faixa-título (Severo e Jaguar) e Forró do poeirão (Cecéu); da cultura pernambucana, dois frevos — Moreno de ouro (Carlos Fernando e Geraldo Amaral) e Energia (Lula Queiroga) — e um maracatu (Toque de amor de João Lira e José Rocha); baladas românticas, comoCalmaria (do maestro Zé Américo, com Salgado Maranhão) e Amor eterno (de Tadeu Mathias e Ana Amélia, inspirada em um soneto de Shakespeare) — que integrou a trilha sonora da novela global Livre para Voar, de Walther Negrão —, uma toada mineira, a faixa de abertura Azedo e mascavo (Celso Adolfo) e, encerrando o disco em tom de protesto, a provocativa Nordeste Independente (Imagine o Brasil)(Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova), gravada ao vivo no espetáculo inspirado no trabalho anterior, e um dos momentos de maior sucesso do espetáculo, mas que não havia entrado no disco Coração brasileiro. Esta canção teve a execução pública proibida à época de lançamento do disco, e o LP foi vendido com um lacre vermelho, escrito que era proibida a radiodifusão dessa música. Elba comenta: Foi um fato que chamou a atenção, pois eu estava no auge e aquilo causou muita notícia e curiosidade do público. Os arranjos ficaram a cargo de José Américo Bastos, César Camargo Mariano (Azedo e mascavo e Amor eterno) e Lincoln Olivetti (nos frevos).

O trabalho seguinte, Fogo na mistura (1985) — produzido por Mazzola e o último da fase de maior popularidade da carreira — nasceu num período de efervescência política no Brasil, graças à campanha pelas Diretas Já, processo iniciado no ano anterior, e que atingiu o clímax quando Tancredo Neves foi eleito para presidente no Colégio Eleitoral. Elba se engajou nessa campanha e participou de diversos atos em prol da liberdade política e artística. Isto se reflete em letras politizadas como a da faixa-título e o frevo Pátria amada, a faixa de encerramento, que integrou a trilha sonora do filme homônimo deTizuka Yamazaki. Sobre essa época, Elba revelou em entrevista a Rodrigo Faour: Tive uma vivência política quando era universitária. Fui presidente do diretório de estudantes, depois vivi bem de perto o final da ditadura, vi 'amigos sumindo assim', como dizem os versos de Gilberto Gil. Em meu trabalho, independente de ideologia — nunca gostei nem de comunistas —, sempre tive uma preocupação em tocar na questão social. Acho importante. Por isso, também participei da campanha das eleições diretas e cheguei a ser amiga de Tancredo Neves.

Depois de uma turnê a Cuba, e influenciada por cantores como Silvio Rodrigues e Pablo Milanés — chegou a fazer a apresentação de um disco que este último lançou naquele mesmo ano em solo brasileiro —, três faixas deste álbum foram gravadas em Miami com arranjos e execução de músicos cubanos residentes ali: a faixa-título, de Tunai e Sérgio Natureza — que aparece na abertura do LP —, mas a temática caribenha apareceu com maior intensidade nas faixas Como se fosse a primavera (Canción) (versão de Chico Buarque para tema de Pablo Milanés com Batista Nicolas Guillen, gravada por Chico no ano anterior) e No caminho de Cuba (Jaime Alem, atualmente maestro da cantora Maria Bethânia, mas que à época pertencia à banda de Elba), se revelando também nas temáticas e mesmo no gênero rítmico, com uma acentuada latinidade; ao longo da carreira, Elba voltaria várias vezes à estética musical caribenha — em números dos discos seguintes, como Remexer, Elba e Popular brasileira, e principalmente em 1993 quando gravou o álbum Devora-me totalmente voltado para esta sonoridade.

Além disso, o álbum trouxe um forró (Mexe mexe funga funga, de Severo e Jaguar) — primeira faixa de trabalho —, samba de pegada pop (Anjo do prazer, de Tadeu Mathias e Jaguar) e fusões rítmicas (Sambaiãozar, de Pinto do Acordeon). Mas também trouxe o maior sucesso da carreira até hoje, a toada romântica De volta pro aconchego (de Dominguinhos e Nando Cordel). A música foi popularizada devido à sua inclusão na trilha da novela global Roque Santeiro de Dias Gomes — censurada havia dez anos e somente liberada em 1985, trazendo no elenco atores veteranos e novatos, contando com uma audiência maciça, e poucas vezes vista na televisão brasileira.

A música chegou às mãos da cantora no ritmo do baião; foi dela a ideia de romantizar o tema, ganhando arranjo de Dori Caymmi. Curiosidade: o cantor e compositor Caetano Veloso homenageou essa interpretação da cantora na música Pra ninguém, gravada por ele em 1997 no álbum Livro, em que homenageia e cita suas interpretações preferidas; quando chega na vez de Elba, é dito: Elba cantando De volta pro aconchego.

No ano seguinte, veio o álbum Remexer, o último a ser produzido por Mazzola, simulando uma incursão por novos ritmos e tendências. O arranjo da faixa-título de abertura, de Luiz Caldas e Carlinhos Brown, evoca a lambada que dois anos depois, estouraria no Brasil; o repertório explorou uma variedade de ritmos, sons e os tons agudos, passando por João Bosco (Odilê odilá, com participação especial do próprio, que escreveu a música em parceria com Martinho da Vila), baladas românticas (Sonho de uma noite de verão e Chorando e cantando - esta última, bastante executada no Nordeste, também lhe rendeu um clipe para o programa global Fantástico, juntamente com o ator e cantor Maurício Mattar), o compositor Cazuza (Só se for a dois), forró (Forró temperado e Neném mulher - cujo trecho da gravação foi mostrado no programa Globo Repórter da Rede Globo, onde Elba era tida naquele ano como a cantora mais popular do país), a faixa Boca do balão e dois frevos de encerramento - Caia na real de Carlos Fernando (as duas últimas, com arranjo e teclados de Lincoln Olivetti), e o engajado Sai da frente, de Gonzaguinha, que marca o fim da ditadura militar no Brasil, marcando conquistas políticas e culturais do povo brasileiro. Detalhe curioso: pouco antes do lançamento, a gravadora lançou um single contendo a faixa Boca do balão, com duas versões, uma das quais era remixada - no lado B

Já o disco Elba (1987) trouxe, dentre outras, as músicas Folia brasileira - forró que rendeu um clipe para o programa global Fantástico -, baladas românticas (Vem ficar comigo, Lembrando você e Corcel na tempestade) e Da mesa para a cama.
O trabalho Fruto de 1988 trouxe a canção dedicada ao filho Luã, nascido no ano anterior (25 de junho), a faixa de encerramento do álbum, de autoria de Maurício Mattar e Geraldo Azevedo, e também Palavra de mulher - composta por Chico Buarque em 1985 para a peça A Ópera do Malandro, gravada por Elba no disco da peça, sendo a mesma versão -, Estrela grande e a faixa de abertura Doida, de Nando Cordel, gravada no estilo da lambada. No álbum Popular brasileira (1989), lançado no primeiro semestre daquele ano, gravou duas canções de Nando Cordel - no caso, o forró Jogo de cintura, a faixa de abertura e a lambada Vê estrelas -, além da faixa-título e a música A roda do tempo e as fotos são de Lívio Campos, feitas na mesma praia onde Elba fez o ensaio para a revista masculina Playboy em fevereiro de 1989. O espetáculo calcado na divulgação deste disco acabou por originar o primeiro álbum ao vivo, Elba ao vivo (gravado no Palace), trazendo os melhores momentos do espetáculo, em meio a turnês pela Europa e EUA, com repertório e arranjos um pouco menos regionais, cujo maior hit pega carona na moda das lambadas, Ouro puro, que foi inserida na trilha sonora da novela Rainha da Sucata de Sílvio de Abreu. A música, que foi bem executada, originou um clipe para o programa Fantástico, juntamente com o dançarino Carlinhos de Jesus na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1989, aos 37 anos, fez um ensaio comedido para a revista Playboy.

Em 1991 lançou o álbum Felicidade urgente, que contou com a produção de Nelson Motta, arranjos do maestro e pianista Eduardo Souto Neto e as participações especiais de Lulu Santos na faixa Vida,Cláudio Zoli na faixa-título, Djavan em Ventos do norte, Sandra de Sá na música Maré dendê e Oswaldinho do Acordeon na faixa de encerramento - a célebre La vie en rose, gravada originalmente pela cantora francesa Edith Piaf; o trabalho misturou canções inéditas e regravações (Vida, Morena de Angola, Pisa na fulô, É d'Oxum e La vie en rose); no ano seguinte foi a vez de Encanto, produzido pela própria cantora, cujo repertório mostrou um bom equilíbrio entre forrós e canções românticas e contou com a participação especial de Margareth Menezes na faixa Cidadão.

Em 1993 o disco Devora-me simulou uma incursão pela sonoridade latina, tendo sido gravado em Porto Rico e produzido por Glenn Monroig; em entrevistas da época, Elba declarou que apesar de ter nascido em solo brasileiro, Elba tinha a intenção de ampliar sua música para outros públicos na América do Sul. O maior sucesso do álbum foi a faixa de encerramento Coração da gente, tema de abertura da novela da Rede Globo Tropicaliente, de Walther Negrão. A versão internacional deste trabalho trouxe uma faixa-bônus - no caso, a referida faixa Coração da gente vertida para o espanhol, mas trouxe também versões de canções caribenhas (Cora coração, Devora-me outra vez, Força interior e Desesperada). Anteriormente a esse trabalho, no mesmo ano foi lançada a coletânea O Grande Forró de Elba Ramalho, uma seleção de canções pertencentes a discos anteriores da cantora, com duas faixas inéditas: Chegadinho e Eu quero meu amor - esta última também fez parte do repertório de Devora-me e da trilha sonora da novela global Renascer, de Benedito Ruy Barbosa.

O trabalho que marca a saída da gravadora Polygram é Paisagem (1995), cujo maior destaque foi a regravação de Paisagem na janela, que integrou a trilha sonora do remake da novela Irmãos Coragem. Desde então é tida como uma das principais intérpretes da música brasileira, com expressivas vendagens, graças à presença de palco e voz inconfundível. Na [[festa junina|festa de São João]], realizada anualmente em Campina Grande, a presença de Elba já é tradicional, como o show mais esperado.

Em 1996, lança o elogiado e bem-sucedido CD Leão do Norte, que marcou a estreia na gravadora BMG e vendeu mais de 300 mil cópias, exaltando a cultura nordestina e pernambucana (com a faixa-título de Lenine e Paulo César Pinheiro). O espetáculo homônimo foi dirigido por Jorge Fernando e obteve relevante sucesso no Brasil inteiro, arrematando o prêmio de Melhor show do ano, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo e também originou um VHS contendo os melhores momentos do espetáculo. Naquele mesmo ano, excursiona com o espetáculo O grande encontro, juntamente com Alceu Valença, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. O primeiro disco da trilogia vende mais de um milhão de cópias, trazendo clássicos da MPB e da música nordestina.

Em 1997 chegou às lojas o disco Baioque, composto basicamente de regravações de músicas urbanas de autores nordestinos, como Raul Seixas (S. O. S.), Belchior (Paralelas), Ednardo (Pavão misterioso), Zé Ramalho (Vila do sossego), Caetano Veloso (Os argonautas), Gilberto Gil (Vamos fugir), Lenine (Relampiano), Alceu Valença (Ciranda da rosa vermelha), dentre outros; assim como o trabalho anterior, este também foi produzido pelo músicos Robertinho do Recife que também foi responsável por alguns arranjos e regência. O espetáculo bisou a parceria com Jorge Fernando e o sucesso do espetáculo baseado no disco anterior e a reedição deste CD trouxe a faixa-bônus Paris, que não constava da versão original. Graças ao sucesso do projeto O grande encontro, foi lançado um segundo volume do álbum, mas desta vez só não contou com a participação de Alceu Valença, além de excursionar pelo Brasil inteiro; o repertório deste trouxe sucessos dos três artistas.

Em 1998 lança o CD Flor da Paraíba, o último da trilogia produzida por Robertinho de Recife, trazendo algumas regravações e canções inéditas de compositores nordestinos, priorizando canções no estilo do forró. O título do álbum é inspirado em uma dedicatória feita, há muitos anos, pelo cantor e compositor Caetano Veloso, quando a cantora acabara de chegar ao Rio de Janeiro para despontar no meio musical.

Em 1999, Elba Ramalho comemorou vinte anos de carreira com o álbum duplo Solar, sendo um gravado ao vivo, durante os festejos juninos na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, e outro em estúdio, com arranjos do pianista Wagner Tiso (Canção da despedida e Imaculada) e do violoncelista Jaques Morelenbaum (Palavra de mulher). O repertório trouxe regravações dos antigos sucessos entre outros clássicos e canções inéditas.
O disco contou com as participações especiais de Chico Buarque (Não sonho mais, o sucesso inicial), o primo Zé Ramalho (Ave de prata), Lenine (Nó Cego), Nana Caymmi (Imaculada), Geraldo Azevedo (Kukukaya), Margareth Menezes (Quem é muito querido a mim), Dominguinhos (Retrato da vida), Renata Arruda (Sete cantigas para voar) e Alceu Valença (na inédita Trem das ilusões) - todas do primeiroCD, gravado em estúdio; já o segundo CD contou com a participação especial de Jerônimo na faixa É D'Oxum. Em seguida ao lançamento do CD, Elba segue em turnê para a Europa, passando por festivais de diversos países, entre eles em Portugal, Itália, Alemanha, Suíça e França.

Em 2000 a cantora se reencontrou com os parceiros Geraldo Azevedo e Zé Ramalho para gravar o CD e DVD O grande encontro III – Ao vivo, no Rio de Janeiro, e contou com as participações especiais de Lenine, Belchior e Moraes Moreira.

Em seguida, seguiu com Geraldo Azevedo para Los Angeles - EUA, onde gravaram um disco ao vivo, destinado ao mercado norte-americano. No repertório estão músicas que fizeram sucesso na voz dos dois artistas. Retornando ao Brasil, Elba recebeu o convite para participar do evento Rock In Rio III, juntamente com Zé Ramalho. Elba também é a única artista brasileira a participar de todas as edições doRock In Rio no Brasil.

No ano seguinte, lançou o álbum Cirandeira, contendo forrós, xotes e baiões; o trabalho contou com as participações especiais de Lenine (na faixa-título de abertura), Geraldo Azevedo (nas canções Se eu tivesse asa e Estrela soberana, esta última, além de ser a faixa de encerramento, é também uma homenagem a Nossa Senhora) e Zeca Baleiro (nas músicas Alma nua e Sem ganzá não é coco), e trouxe duas regravações: a clássica Patativa (Vicente Celestino) e a pouco conhecida Forró de Surubim, de Antônio Barros, mas a primeira música de trabalho foi a romântica Entre o céu e o mar, que integrou a trilha sonora da novela Porto dos Milagres, de Aguinaldo Silva
.
No álbum Elba canta Luís (2002) homenageou Luís Gonzaga, O Rei do Baião, compositor do qual recebeu grande influência e que já havia gravado canções no trabalhos anteriores. Luís foi o principal nome responsável pela popularização dos gêneros nordestinos no eixo Rio-São Paulo. O álbum, que trouxe canções consagradas e pouco conhecidas do Mestre Lua, contou com as participações especiais deDominguinhos (Canta Luís), Fubá de Taperoá e Dió Araújo (Calango da Lacraia) e Zeca Pagodinho (O Xamego da Guiomar), e também originou um espetáculo calcado na divulgação deste, do qual saiu um CD ao vivo e um DVD, ambos gravados no Rio de Janeiro - Elba ao vivo (2003) que também trouxe o clássico Luar do Sertão, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense. O trabalho que marca a saída da gravadora BMG é Baião de dois (2005), gravado com Dominguinhos e priorizando canções deste, além de músicas do grupo Falamansa (Chama) e Zezum (Onde está você).

De maneira independente, lançou em 2007 o elogiado CD Qual o assunto que mais lhe interessa? que contou com a produção de Lula, Yuri e Tostão Queiroga. O CD coloca em discussão temas que ocupam os noticiários e questionam a contemporaneidade; dos nordestinos habituais - frevo, boi maranhense, ciranda, xote - ao samba. O álbum lhe valeu o prêmio Grammy Latino em 2008 na categoriaregional contemporâneo e inspirou o DVD Raízes e antenas, lançado no mesmo ano, um misto de documentário e registro ao vivo.

O ano de 2009 marca as três décadas de carreira, com o mais recente álbum Balaio de amor, lançado pela gravadora independente Biscoito Fino, cujo repertório é composto por baladas românticas com canções da nova safra de compositores nordestinos. No mesmo ano, os CDs antigos - LPs originais que haviam sido relançados anteriormente em CD - da fase de maior popularidade da carreira, Alegria,Coração brasileiro, Do jeito que a gente gosta e Fogo na mistura (lançados entre 1982 e 1985), que estavam fora de catálogo há muito tempo, voltaram às lojas, com capas, contracapas e encartes originais completos - na reedição anterior ele havia sido suprimido ou reduzido -, letras de todas as músicas, nova remasterização e texto interno com a história do álbum no encarte, redigido pelo jornalista e crítico musical Rodrigo Faour, que também idealizou a coleção. O mesmo aconteceu em 2010 com o álbum Elba (1981), na série Caçadores de música da Sony Music, o único que ainda permanecia inédito no formato digital.

Em 2001 um jornalista da revista Veja afirmou em uma matéria que Elba tinha dito em um congresso de ufologia em Curitiba que havia sido chipada por extraterrestres. A afirmação rendeu um processo por danos morais contra a revista, mas o veredito anunciado em 2006 não deu ganho à cantora.[15]

Em sua versão em CD, o álbum Elba ao vivo, de 1990, trouxe duas músicas a mais — no caso, Tango de Nanci (Chico Buarque) e o pot-pourri Nordeste independente / Asa branca. Isto também ocorreu com os álbuns Encanto (1992), com a faixa-bônus Eu vou te amar, e Paisagem (1995) — este, o último a ter versão em vinil, com uma música a menos, que é Eu quero é botar meu bloco na rua (Forró/frevo). Estas não haviam entrado nos respectivos LP originais por limitação de espaço.

O DVD O Grande Encontro 3 trouxe três músicas a mais em relação à edição em CD; são elas: Barcarola do São Francisco, Canção agalopada e A vida do viajante.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Elba_Ramalho


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domingo, 23 de dezembro de 2012

Zé Henrique & Gabriel - Dupla de cantores


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Zé Henrique & Gabriel é uma dupla de música sertaneja do Brasil. Têm composições gravadas por artistas consagrados, como Milionário & José Rico, Sérgio Reis, Chico Rey & Paraná, Gian e Giovani, Rick & Renner, Daniel, Rionegro & Solimões, Leonardo, Bruno & Marrone, Zezé Di Camargo & Luciano.

Formada em 1996, em Caldas NovasGoiás, a dupla Zé Henrique & Gabriel ou simplesmente João Rodrigues e Odailton, seus nomes de batismo[1]. Eles se conheceram no ano de 1994 e dois anos depois receberam o convite para gravarem uma música que seria veiculada em rádio e distribuída por sua região, para realizarem shows. Estava dada a largada para uma carreira de conquistas.

O cantor Zé Henrique descobriu o dom de compor ainda adolescente. Desde então, não párou mais. A sua primeira vitória a nível nacional, foi quando uma das suas canções foi gravada por Gian e Giovani, e executada nas rádios de todo o Brasil.

Daí em diante suas composições se multiplicaram e hoje ele assina mais de duzentas, gravadas por renomes da música sertaneja como Bruno & Marrone, Daniel, Zezé di Camargo & Luciano, Edson & Hudson, Leonardo entre outros. Assim como seu parceiro, Gabriel também não deixa por menos. Atualmente, um dos principais sucessos da dupla Rionegro e Solimões, “Tô mal”, é de sua autoria.

Além de compositor, Zé Henrique também é reconhecido e respeitado como um excelente instrumentista. Participou de grandes projetos, como Meu Reino Encantado, do cantor Daniel, tocando viola caipira e do CD de vários artistas do segmento, tornando-se um dos principais violeiros do Brasil. No ano de 2002 gravaram pela BMG o primeiro CD da carreira, “Histórias do Coração”, trabalho que foi bem recebido pelo público e bem executado nas rádios. A partir do primeiro CD, entrou em cena o empresário Francisco Costa, amigo e antigo empresário da dupla[1]. Sem dúvida o empresário Francisco Costa ajudou a divulgar e tornou a dupla conhecida nacionalmente.[1]

Em 2003 lançaram pela gravadora Atração o segundo CD de trabalho, produzido por Pinocchio, no qual Zé Henrique é o autor de nove faixas inéditas e Gabriel de uma.

Com esse trabalho e o empenho de seu empresário, Francisco Costa, fortaleceram o nome da dupla dentro da música sertaneja e em execuções por todo o Brasil com a canção “Um louco”.

Lançando-o como compositor respeitado e requisitado por artistas consagrados, como Milionário & José Rico, Sérgio Reis, Chico Rey & Paraná, Gian e Giovani, Rick & Renner, Daniel, Rionegro & Solimões,Leonardo, Bruno & Marrone, Zezé Di Camargo & Luciano.[1]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Henrique_%26_Gabriel


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sábado, 22 de dezembro de 2012

PAINEL DE CONTROLE - DESLIGA O MUNDO


O Painel de Controle surgiu no Rio de Janeiro no final dos anos 60. O grupo foi idealizado por Paulo Rebello, o Paulinho Ovelha (Guitarra). No início a banda chamava-se "Os Pacíficos e tinha como integrantes, além de Paulinho Ovelha, o bateirista Vavau, Sérgio e Tarciso.

Em 1975, Paulinho Ovelha deixa a banda e em seguida, junta-se ao grupo o vocalista Papi, Mauro, Katia e José Carlos, a partir daí mudam o nome da banda para "Painel de Controle" e em 1978, gravam o disco "Desliga o Mundo", produzido pelo diretor de criação Osmar Zan, com arranjos e regência de Lincoln Olivetti.



Este seria o grande e único disco de sucesso que era Puxado pelo 'hit' "Black Coco", tema da novela "Te contei" da Globo.

No ano seguinte, a banda foi extinta, ficando apenas a saudade desta que, embora discriminada pela crítica, foi a grande banda brasileira do final dos anos 70.

Fonte: http://clipvinil.blogspot.com

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Fernando Mendes - Cantor



Luiz Fernando Mendes Ferreira (Conselheiro Pena, Minas Gerais[1] - 7 de maio de 1950[2]) mais conhecido como Fernando Mendes é um cantor ecompositor brasileiro. O cantor se destacou na década de 1970 com a música Cadeira de Rodas que vendeu mais de um milhão de cópias[1] sendo executada nas rádios de todo o país.

Fernando Mendes nasceu na cidade mineira de Conselheiro Pena em família pobre e desde a infância demonstrava o anseio pela carreira musical. Aos quinze anos de idade ganhou do pai um violão de presente de aniversário.[carece de fontes] Aos dezessete anos formou com alguns amigos um conjunto musical jovem chamado "Blue Boys", se apresentando em bailes e festas em Conselheiro Pena. Aos 22 anos de idade já era formado em Administração de Empresas, mas continuava a se dedicar à música.[carece de fontes]

Se transferindo para a cidade do Rio de Janeiro através de um amigo Fernando conseguiu emprego como crooner na Boite Plaza, onde se apresentava interpretando canções de diversos cantores. Nesta boate Fernando conheceu o chefe de promoção da gravadora Copacabana que então o apresentou a Miguel, integrante da banda The Fevers, e na época um divulgador da gravadora Odeon, que de imediato contratou Fernando após um teste.

A carreira de Fernando Mendes começou concomitantemente à de José Augusto, com quem compôs e gravou algumas canções. Fernando Mendes inicia oficialmente sua carreira musical no ano de 1972. A canção A Desconhecida foi seu primeiro sucesso; de sua própria autoria a música foi gravada em 1973 e lançada em compacto simples, subindo rapidamente às paradas de sucesso em várias rádios eemissoras de televisão. A canção foi posteriormente regravada pelo funkeiro Mister Mu no início da década de 1990 e mais recentemente pelo cantor Leonardo.


Sua primeira apresentação na TV foi no programa do Chacrinha[3], tornando o cantor conhecido em todo o Brasil. A música "Recordações" foi o segundo sucesso. Faixa de seu primeiro LP, em menos de três meses chegou à casa dos 100 mil discos vendidos.

Em 1974 teve uma música censurada pela ditadura militar chamada "Meu Pequeno Amigo"[4], que fazia referência ao caso Carlinhos, sequestro de grande repercussão na época e não elucidado até hoje. No entanto ele começou a fazer excursões pelo Brasil numa média de 10 a 15 cidades por mês. Transformado numa espécie de ídolo das massas populares o artista teve seu segundo LP lançado no final de1974 voltando a repetir o feito dos anteriores com a música Ontem, Hoje, Amanhã.

Fernando chegou ao auge de sua carreira em 1975 quando seu terceiro LP apresentou a faixa Cadeira de Rodas tendo alcançado a vendagem de mais de 250 mil LPs vendidos em poucos meses, rendendo-lhe vários prêmios, inclusive o disco de ouro.

O ano de 1976 trouxe mais dois sucessos à carreira do cantor: A Menina da Calçada e Sorte Tem Quem Acredita Nela, que teve os arranjos de Hugo Bellard e foi tema da novela Duas Vidas exibida pelaRede Globo.

Entre os prêmios que ganhou, está um disco de ouro[5] e o "Prêmio Villa Lobos" de disco mais vendido de 1979 com a música Você Não Me Ensinou a Te Esquecer[6][7], canção que também contou com o arranjo de Hugo Bellard.

As canções de Fernando Mendes continuaram desde então a ser lançadas em versões mais atuais. Em 1999 Fernando reuniu seus maiores sucessos em um único CD ao vivo. E para 2007, o músico trouxe uma novidade aos fãs de todo Brasil, um DVD ao vivo que contou com a participação de cantores consagrados pela MPB.

A "volta" de Fernando Mendes ao cenário musical se deu com a regravação de Você Não Me Ensinou a Te Esquecer, por Caetano Veloso para a trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro[8]. A regravação rendeu uma redescoberta do compositor e cantor mineiro, que teve uma coletânea lançada pela Som Livre. A mesma música foi regravada também por Bruno e Marrone, Chrystian & Ralf e outros. Devido ao grande sucesso a canção romântica recebeu prêmios da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos) e o "Prêmio Villa Lobos" como o disco mais vendido. A canção também foi indicada aoGrammy Latino 2004.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Mendes

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Trio Parada Dura - cantores



Trio Parada Dura é um conjunto musical brasileiro de grande importância para o sucesso da música sertaneja. Após figurar nas paradas de sucesso com várias canções, o grupo estourou em 1985 com As Andorinhas.


Desde 1973, O Trio Parada Dura faz parte da cena sertaneja brasileira. Recebeu ao longo da carreira dez discos de ouro e três de platina. O Trio construiu sua personalidade sobre uma base que conta com letras irreverentes, músicas de enorme apelo popular e um nível de produção surpreendente. Formado desde 1975 por Creone, Barrerito e Mangabinha - único remanescente da formação original do grupo - o Trio Parada Dura continua compondo novas músicas e acendendo as plateias do Brasil. Seu novo trabalho intitula-se Pra furar o couro[1].


O Trio Parada Dura, teve três formações [2]: Delmir, Delmon e Mangabinha na primeira formação em (1973). Mangabinha ficou com os direitos do nome "Trio Parada Dura" ao ser desfeita a formação. Conheceu Creone e Barrerito (que já cantavam juntos) e os convidou pra formar a segunda geração do Trio, isso em 1975, e com essa formação ficaram conhecidos nacionalmente.


Em 1981, com o lançamento do LP "Último Adeus", atingiram o sucesso nacional interpretando "Fuscão Preto" e Arapuca" que se tornaram dois dos maiores clássicos da música sertaneja brasileira. 

Em 1983 mais sucesso, desta vez com "Panela Velha", do LP "Alto Astral". Com "Bobeou a Gente Pimba" do LP "Astro Rei", de 1987, repetem o sucesso e registram mais um clássico da música caipira.


Em 6 de Setembro de 1982, na cidade de Espírito Santo do Pinhal, estado de São Paulo, os integrantes sofreram um acidente aéreo e Barrerito ficou paraplégico. Ocupou então provisoriamente o seu lugar o irmão Parrerito, enquanto estava em tratamento. Após o retorno, Barrerito ficou por pouco tempo com o grupo, pois se sentia um estorvo" por se locomover em cadeira de rodas, partindo então para uma carreira solo, lançando em 1987 seu primeiro LP, emplacando em todo o país com a música "Onde Estão os Meus Passos", seguido dos sucessos "Juventude que Perdi", "Sentidos", "Amaremos", "Disque o 9″, "Morto por Dentro".


Parrerito entrou então definitavamente no grupo ocupando o lugar de seu irmão Barrerito. Com essa formação que durou até 1992 o grupo lançou os álbuns Nos braços do povo, De ontem pra hoje, Palavra de honra, Gigante iluminado. 

Em 1998 Barrerito, Creone e Voninho formam o Trio Alto Astral,que teve vida curta, devido a morte, por infarto, do cantor Barrerito poucos meses após a formação do grupo. Atualmente o Trio Alto Astral estava na sua segunda formação Voninho, Rio Preto (cantor) e Ribeirão (cantor).

Em 2008 Voninho morre vitima de Dengue Hemorrágica e Rio Preto e Ribeirão passaram a cantar em dupla sertaneja.

O Trio Parada Dura retornou em 1999 com sua terceira formação (Creone, Parrerito e Mangabinha), gravando ainda Tapete Colorido(1999), Brilhante(2001), e Pra Furar o Couro (2006), o Trio se desfez em 2006. Creone & Parrerito formaram uma dupla, sendo respectivamente segunda e primeira vozes, intitulado de Os Parada Dura, que mais tarde tornou-se novamente trio com a presença do cantor Carlos Rezende[3].


O Trio Parada Dura retornou novamente em novembro de 2007, com sua quarta formação (Leone (cantor), Leonito e Mangabinha). Em 2008 lançou o CD AS 20+ e em 2009 lançou o álbum Taça de Ouro com 15 obras de autoria do compositor Desembargador José Amâncio em parceria com outros compositores (Lauri, Edna Teixeira, Leonito, Wanderley e o próprio Mangabinha). 

Ainda 2009 lançam mais um cd intitulado 14 novidades pela gravadora Garça com a produção de Teodoro, da dupla Teodoro e Sampaio.Os Parada Dura está na sua segunda formação com os cantores Creone, Parrerito e Xonadão.[1]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trio_Parada_Dura

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sábado, 15 de dezembro de 2012

Chitãozinho & Xororó

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José de Lima Sobrinho e Durval de Lima, ou simplesmente Chitãozinho & Xororó são dois irmãos naturais da cidade de Astorga, estado do Paraná, formam uma das mais reconhecidas duplas sertanejas do Brasil.

Não se sabe a data exata de gravação do primeiro disco de Chitãozinho e Xororó. O primeiro disco oficial foi "Galopeira" em 1970, mas o reconhecimento do grande público veio em 1982 com a canção "Fio de Cabelo" do disco Somos apaixonados, oitavo trabalho da dupla, que vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e abriu as portas das rádios FM´s para a música sertaneja.
Em 1986 começaram a apresentar aos domingos o programa de TV "Chitãozinho e Xororó Especial" no SBT, no qual cantavam e recebiam convidados. No mesmo ano participaram na Rede Globo do especial de Roberto Carlos cantando junto com o Rei da canção "De coração pra coração".

Chitãozinho


Gravaram em 1993 a canção "Words" com os Bee Gees para o disco Tudo por Amor lançado em português e espanhol. Além de "Words" o disco tinha a canção "Guadalupe" que fez parte da trilha da novela de mesmo nome transmitida pela Tele mundo. O sucesso desse trabalho foi tão grande que a dupla conquistou em junho daquele ano o primeiro lugar do "Hot Latin Singles" na parada norte-americana da revista Billboard, só Roberto Carlos tinha conseguido essa marca em 1989.

Em 1994, gravaram a canção "Ela não vai mais chorar" ("She's Not Cryin' Anymore) com o cantor de música country Billy Ray Cyrus para o disco Coração do Brasil.

No ano de 1995 encabeçaram o evento Amigos, um show com as três principais duplas sertanejas do Brasil na época: Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, e eles, Chitãozinho e Xororó. O show foi em São Caetano do Sul, no qual estiveram mais de 100 mil pessoas.

Durante o ano de 1999 apresentaram na TV Globo o programa "Amigos e Amigos" um Especial em Homenagem a Leandro com Zezé Di Camargo, Luciano e Leonardo. Em 2000 completaram 30 anos de carreira e a marca de 30 milhões de discos vendidos.

Xororó


A dupla apresentou em 2004 na TV Record o programa Raízes do Campo, que era um show gravado numa casa de espetáculo, com convidados e a famosa Roda de Viola gravada na chácara de Chitãozinho no interior de São Paulo. O programa ficou no ar até maio de 2005.

Em 2005 a dupla foi homenageada no Carnaval de São Paulo pela escola X-9 Paulistana com o enredo "Nascidos pra cantar e também sambar", o resultado foi um 2º lugar para a escola.

Em 2006 gravaram a guarânia "Arrasta uma Cadeira" com Roberto Carlos, música que foi sucesso nacional, levando-os mais uma vez ao programa de fim de ano do cantor.

Em 2008, Chitãozinho e Xororó participaram do programa Estúdio Coca-Cola Zero com a banda de pop-rock Fresno. Ambos ainda se apresentaram no Show da Virada, da Rede Globo, exibido no dia 31 de Dezembro.

Em 2010, gravaram o cd e dvd, Chitãozinho e Xororó 40 Anos e a Nova Geração, que faz parte da comemoração dos 40 anos de carreira da dupla. Esse disco teve a participação de várias duplas da nova geração do sertanejo, chamado universitário, como Jorge e Mateus, João Bosco e Vinicius, Guilherme & Santiago,Hugo Pena e Gabriel, Eduardo Costa, João Neto e Frederico, Luan Santana, Zé Henrique e Gabriel, Maria Cecília e Rodolfo, entre outros.

Ainda em 2010 gravaram outro cd e dvd, Chitãozinho e Xororó 40 Anos Entre Amigos, ainda em comemoração aos seus 40 anos de carreira, o qual foi lançado em abril de 2011. Nesse dvd reuniram os grandes nomes da música sertaneja fazendo uma releitura de grandes sucessos. Participaram desse dvd, Rio Negro e Solimões, Milionário e José Rico, Edson, Zezé di Camargo e Luciano, Cezar e Paulinho, Sérgio Reis, Bruno e Marrone, Victor e Leo, César Menotti e Fabiano, Gian e Giovani, Leonardo, entre outros. Nesse disco regravaram a música "Amante", lançada originalmente em 1984, que foi muito criticada na época pela critica especializada pela sua letra ousada para os padrões do começo dos anos 80.

No ano de 2011, com a turnê de 40 Anos de Carreira, percorrem o Brasil passando pelas principais cidades brasileiras e feiras agropecuárias, apresentando o novo show que faz uma viagem no tempo mostrando as canções da década de 70, como "Galopeira", até as mais atuais do último disco de estúdio lançado em 2009, que emplacou sucessos como "Se for pra ser feliz" e "Coisa de amigo".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chit%C3%A3ozinho_%26_Xoror%C3%B3


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Ednardo - Cantor


José Ednardo Soares Costa Sousa, cujo nome artístico é Ednardo (Fortaleza, Ceará, em 17 de abril de 1945)[1], é um cantor e compositor brasileiro.

Biografia

Ednardo iniciou a carreira musical em Fortaleza, Ceará, no início da década de 1970, juntamente com outros artistas conterrâneos, como Fagner, Belchior e Amelinha. Já no início da carreira, venceu o Festival Nordestino da Música Brasileira, momento a partir do qual passou a ter maior projeção na cena musical cearense. Atualmente possui projeção internacional, sendo suas músicas tocadas em vários países da América Latina, Europa e EUA. Lançou 14 álbuns musicais e fez várias parcerias, possuindo mais de 300 músicas compostas. Atua também no cinema e no teatro, onde compõe inúmeras trilhas musicais.


Ednardo teve importantíssimo papel no cenário musical cearense, com grande contribuição para a promoção da cultura, musica e artistas do Ceará. Em 1979, em plena Ditadura Militar, foi protagonista do movimento Massafeira, que reuniu vários artistas cearenses, inclusive o poeta sertanejo Patativa do Assaré, no Teatro José de Alencar, onde foi gravado o disco homônimo. Dentre seus maiores sucessos constam: Terral, Ingazeiras, Lagoa de Aluá, Longarinas, Artigo 26, Pavão Misterioso, Enquanto Engoma a Calça, Flora, A Manga Rosa, Beira mar  Carneiro, etc. Suas músicas têm sido interpretadas por vários cantores da MPB, como Elba Ramalho, Fagner, Belchior, Ney Mato Grosso, Vânia Abreu, Amelinha, Nonato Luiz, dentre muitos outros.



Curiosidades:

A música "Pavão Misterioso", teve grande projeção após sua utilização como tema da novela "Saramandaia" (1976), havendo hoje mais de 20 regravações. A música é considerada sagrada pelos índios do Xingu nos rituais religiosos; tem regravações na Europa orquestrada por Paul Mauriat; por grupos chilenos (Inti-Aymará e Nacha), por Elba Ramalho, Ney Mato Grosso, por bandas de rock e maracatu, e muitos outros. A composição seria mais tarde adotada como hino do orgulho GLS [carece de fontes]. Também usada por outros tantos como hino à liberdade, a beleza humana e sua capacidade de realizar a vida acima das aparentes impossibilidades. Ednardo é pai da atriz Joana Limaverde.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ednardo

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