Galã nos anos
60, ele iniciou sua carreira imitando Orlando Dias e passou pelos anos 70
emplacando vários sucessos.
Mineiro de Ituiutaba, nascido em 1940, o cantor é filho de fazendeiros e como tal, se empenhou nos estudos para ser contador e assim administrar os negócios da família, mas ao fixar residência para estudar no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, mudou de idéia. Corria o ano de 1960, quando estava dando seus primeiros passos como calouro, apresentando-se em programas da TV-Rio, imitando o astro Orlando Dias. O desempenho do calouro despertou interesse dos telespectadores e dos produtores da tevê, que lhe premiavam constantemente com abajur, canetas, ferro elétrico, torradeira etc. foram tantos que Nilton precisou alugar carros por diversas vezes para transportá-los até sua casa (no Rio).
Em São Paulo, o futuro do cantor estava atrelado ao de outro grande ídolo na época, Moacir Franco. Moacir tinha uma tia que era casada com um tio de Nilton e uma carta que o rapaz trazia com recomendações do tio dirigidas a Moacir Franco, serviu-lhe como chave para entrar no mundo artístico. Por intermédio de Moacir conheceu o acordeonista Carlinhos Maffazzoli, que gostou do estilo de Nilton e o apresentou ao diretor artístico da gravadora RGE. Contratado pelo maestro Pocho (Ruben Perez), gravou dois discos de 78 rotações, não foi um estouro fenomenal, mas repercutiu o bastante, despertando o interesse de Palmeira, diretor artístico da Continental Discos, para convidar o cantor a ingressar na gravadora, gravando a guarânia “Choro Por Gostar de Alguém”, com esta música conquistou o sucesso, partindo para o primeiro LP, que levava o nome do artista. O disco agradou ao público e principalmente a gravadora, que levou Nilton aos estúdios para gravar mais um LP, intitulado de “Música e Amor”. O êxito foi total, a música “Casa Vazia” caiu no gosto popular, fazendo o nome do cantor ser conhecido no Brasil. O cantor estava por cima, alcançara a fama e seu objetivo. As oportunidades decorrentes do sucesso não paravam, Palmeira o convidou para gravar mais um LP (Nilton César Com Alma e Coração), disco decisivo na carreira do cantor. Do disco faz parte a antológica “Professor Apaixonado”, música que levou o artista a se apresentar em todo o território nacional. Professor Apaixonado consta dentre as músicas mais tocadas do ano de 65 e durante um bom tempo (talvez até hoje), o cantor ficou conhecido como o professor apaixonado.
Em 1969, uma nova etapa na carreira do cantor, as rádios tocavam incessantemente a canção “Férias na Índia”, a música foi sucesso total, vendeu mais de 500 mil cópias, lhe dando discos de ouro e outros prêmios, projetando Nilton César de vez como intérprete romântico. Era comum para Nilton, fazer aparições semanais na tevê, cantando suas músicas ou participando como celebridade. A boa imagem de galã, arrebatava os corações das fãs que cresciam em quantidade cada vez mais. Portanto, para o cantor, entrar na década de 70 com uma música estourada nas rádios e grudada no coração do povo, era sinal de boa trajetória. E foi. O cantor consagrado pelo sucesso da música Férias na Índia, passou pela década de 70 desfilando com músicas que o Brasil cantava junto. Em 1973, a música “Amor... Amor... Amor...” do LP (RCA) com o mesmo nome, fez muitos casais de namorados se casarem, para juntinhos ouvirem o LP do cantor com as músicas Felicidade, Topo Tudo, Te Quero Neste Entardecer, Esta É Primeira Vez, Quem Ama Sabe, Hoje Mais Que Ontem, Muito Eu Chorei e outras músicas.
Apesar de ainda não ter conhecido a Índia, o cantor é grato ao país pelo muito que conquistou decorrente do estrondoso sucesso. Atualmente Nilton faz muitos shows no exterior, se apresentando para brasileiros que moram em outros países. Quando a poeira da fama abaixou, Nilton construiu sua família e montou um negócio, é bem sucedido como empresário e mesmo viajando muito, divide com os dois filhos, a administração dos negócios.
Nilton César quando jovem dedicou-se ao esporte, em especial ao basquete (ele tem 1m70 de altura) e o voleibol, modalidade pela qual defendeu o colégio Marechal Deodoro.
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