José Bispo
Clementino dos Santos, mais
conhecido como Jamelão (Rio de Janeiro, 12 de maio de 1913 – Rio de
Janeiro, 14 de junho de 2008), foi umcantor brasileiro,
tradicional intérprete dos sambas-enredo da escola
de samba Mangueira.
Nasceu no
bairro de São Cristóvão e passou a maior
parte da juventude no Engenho Novo, para onde se mudou com seus pais. Lá,
começou a trabalhar, para ajudar no
sustento da família - seu pai havia se separado de sua mãe. Levado por um amigo
músico, conheceu a Estação Primeira de Mangueira e
se apaixonou pela escola de samba.
Ganhou o
apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da
capital fluminense. Começou ainda jovem, tocando tamborim na
bateria daMangueira e depois se tornou um
dos principais intérpretes da escola.
Passou para o cavaquinho e
depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Foi "corista" do
cantor Francisco Alves e, numa noite,
assumiu o lugar dele para cantar uma música de Herivelto
Martins.
A consagração
veio como cantor de samba. Sua primeira gravadora foi a Odeon. Depois,
trabalhou para a Companhia Brasileira
de Discos, Philips e mais tarde para a Continental,
onde gravou a maioria de seus álbuns, para a RGE e depois para a Som Livre.
Entre seus sucessos, estão "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/
Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha Morta"
(Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B. Moreira),
"Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira"
(Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" (com Mestre
Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e
"Quem Samba Fica" (com Tião Motorista).
De 1949 até
2006, Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira, sendo voz principal
a partir de 1952, quando sucedeu Xangô da Mangueira.[1] Em
janeiro de 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo
então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Diabético e hipertenso,
Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois derrames. Afastado da Mangueira,
declarou em entrevista: "Não sei quando volto, mas não estou
triste."
Morreu às 4hs
do dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em
sua cidade natal, por falência múltipla dos órgãos. O
enterro foi no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro
do Caju, no Rio de Janeiro.
]Curiosidades
Jamelão era
torcedor do Club de Regatas Vasco da Gama.
Ele se
irritava ao ser chamado de "puxador" ao invés de intérprete, pois
conforme ele falava em várias entrevistas, "puxador é quem puxa carro ou
quem puxa fumo".
No dia do
enterro, um carro do corpo de Bombeiros
levou o caixão em cortejo fúnebre pela cidade, passando pela Marquês de
Sapucaí.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jamel%C3%A3o_(cantor)
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