Liu & Léu foi uma dupla de música sertaneja brasileira formada pelos irmãos Lincoln Paulino da Costa (Itajobi, 07 de Agosto de 1934 — Ibiraci, 04 de agosto de 2012) e Walter Paulino da Costa (Itajobi, 02 de Abril de 1937) em 1959 na pequena cidade de Itajobi do estado de São Paulo.[1]
Membros de uma
família tradicional de cantadores de nove irmãos, sendo duas mulheres,
cresceram na lavoura de café e cereais, onde viveram parte
de suas vidas e sempre participando de festas de catiras. Na dança da catira o
grupo era formado pelas famílias Costa e Vieira. Lincoln, além de dançar
catira, era romântico; gostava de declamar poesias e até de cantar músicas de
Vicente Celestino.
Walter aos
seis anos de idade subia numa cadeira para cantar com o irmão mais velho, o
Benedito, e já fazia parte do time de catira. Com 16 anos fez dupla com um
amigo e participavam de programas na Rádio de Novo Horizonte e também em
Catanduva. Nesta época a dupla chamava-se “Sampaio e Nenê Cunha”. Faziam shows
pela região, e o Liu participava declamando poesias e fazendo humorismo.
O pai, seu
Gabriel já cansado deixou a vida dura da lavoura indo para a cidade, foi aí que
os dois irmãos decidiram ir para a capital São Paulo para trabalhar numa metalúrgica,
a Mercantil Suíça. Aguardando para assumirem o trabalho foram assistir
a festa de aniversário do programa “Brasil Caboclo” na Rádio Bandeirantes, na rua Paula Souza, programa
de auditório que ia ao ar diariamente as 7 horas da manhã.
Neste programa
radialistas como Biguá, Zacharias Mourão, Capitão Balduíno e outros tomaram
conhecimento que os dois visitantes eram irmãos de Zico
& Zéca e primos de Vieira e Vieirinha que
já eram duplas famosas, pediram para que os dois irmãos cantassem uma música.
Foi então que cantaram com instrumentos emprestados a música de Dino Franco e
Sebastião Victor “Meu Ranchinho”. De agrado geral, marcou-se ali mesmo a
estréia para o dia 5 de novembro de 1957, no programa
“Novidade Sertaneja” apresentado por Zacharias Mourão. Compraram uma viola e um
violão e escolheram os nomes. O Lincoln já era apelidado por “Liu” e aí foi só
acrescentar “Léu” para o Walter. Nascia ali a dupla Liu e Léu.
A dupla
tornou-se conhecida pelos circenses através do rádio, e começaram a se
apresentar em circos pelos Estados de São Paulo,Minas
Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso,
acompanhados durante um bom tempo pelo amigo e grande radialista Muibo Curi que
se apresentava como humorista usando o nome de Nho Tião.
Em abril de 1959 convidados
por Teddy Vieira diretor artístico da Chantecler gravaram o 1º 78 rotações com a moda de
viola “Rei do Café” de Teddy Vieira e Carreirinho e do outro lado “Carreiras de
Cururu” de Piraci, Biguá e Teddy Vieira. Em Junho do mesmo ano gravaram a toada
“Boiadeiro Errante” de Teddy Vieira (música que se tornou um clássico,
personalizando a dupla e mantendo-se em sucesso permanente) na outra
face do disco a música “Baile na Roça” de Teddy Vieira e Zico.
Com o término
do compromisso na Rádio Bandeirantes, transferiram-se para a Rádio
Nove de Julho participando semanalmente do programa “Prelúdio Sertanejo”, que
ia ao ar as seis horas da tarde com auditório, até o ano de 1962 período em
que gravaram mais 6 discos de 78 rotações. Neste mesmo ano houve grandes
mudanças, gravaram o 1º LP intitulado “Nosso Rancho” pela gravadora
Continental, receberam o troféu pela música “Meu Ranchinho” de Dino Franco e
Sebastião Vitor de Melhor Música do Ano.
Em seguida
foram para a Rádio Nacional de São Paulo permanecendo lá durante
muitos anos. Liu e Léu participaram também do primeiro programa “Viola
Minha Viola” na TV Cultura. Contratados pela Rádio
Record participavam do Programa “Linha Sertaneja Classe A” e
paralelamente apresentavam-se em programas de televisão.
Em 1978 Liu e Léu,
criam o selo Tocantins onde lançaram vários artistas, e a própria dupla,
destacando neste período os sucessos: Sementinha, Mãe de Carvão, O Ipê e o
Prisioneiro, Jeitão de Caboclo, Ano 2000, Porta, Cadeia de Papel, Velho Pouso
de Boiada, Prato do Dia, 25 de Dezembro e Legítimo Doutor.
Ao todo
somam-se 32 LPs pelas
gravadoras Continental, Chantecler, RCA Victor, Copacabana e Tocantins, e 17 CDs
em várias outras.
Ao longo da
carreira permanecem em destaque as músicas, Rei do Café, Boiadeiro Errante,
Adeus Minha Terra, Rainha do Paraná, Caminheiro, Dona Saudade, Onde Eu Moro,
Buscando a Felicidade e outros.
Em 2002 é lançado o
CD “Jeitão de Caboclo” pela gravadora Atração, que em 2003 recebe a
indicação para o Grammy Latino na categoria de “Melhor Álbum de
Música Regional”.
No ano de 2005 participaram,
na casa de shows Olímpia, da gravação do DVD 100% Caipira com a música “Jeitão
de Caboclo”.
O mais recente
trabalho é lançado agora, no ano de 2009 pelo selo
Tocantins, intitulado “50 Anos”.
No dia 4 de
agosto de 2012, Liu falece.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liu_%26_L%C3%A9u
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