Renato da
Silva Rocha, conhecido também como Billy ou Negrete (Rio de Janeiro, 27 de maio de 1961 - Guarujá, 22
de fevereiro de 2015) foi um músico brasileiro. Era baixista e
compositor da banda Legião
Urbana, no qual fez parte do elenco nos três primeiros discos do grupo, Legião Urbana, Dois e Que País É Este.1
Infância e
adolescência[editar | editar código-fonte]
Renato Rocha
nasceu em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 1961, mas mudou-se para Brasília em 1970, aos nove anos,
porque seu pai, militar, havia sido transferido para capital nacional. O
primeiro lugar de Brasília em que Renato Rocha viveu foi na W3, onde ficou de
1970 a 1974. Em 1974, Renato Rocha
mudou-se para a quadra 306, onde passou a ter contato com a banda Tela, uma das
várias bandas brasilienses surgidas na década
de 1970. Nessa época, Rocha também começou a fazer bicicross (BMX). Apesar
do contato com a banda Tela, Rocha nunca a integrou'.
Os primeiros
apelidos de Renato Rocha foram: Renatão, por causa de seu tamanho, e Romeu,
herói olímpico grego das
lutas – o músico sempre foi brigão. Quando entrou para o time de vôlei da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil),
ganhou o apelido de Negrelle, que foi um famoso jogador do clube. Mais
tarde, porém, o apelido foi mudado para Negrete, numa brincadeira de seus
amigos com o sotaque francês.
Ainda em Brasília, Renato Rocha foi membro da facção "hardcore"
dos "punks"
dessa cidade (gangue dos Carecas).
Renato Rocha
mudou-se logo depois para a Quadra 16, onde passou a ser amigo de Geruza, o ex-integrante
das bandas Escola de Escândalos e Blitx 64. Nessa mesma época, através de
Geruza, Renato Rocha conheceu Andre Pretorius, Renato
Russo e Fê Lemos.
Carreira[editar | editar código-fonte]
A primeira
banda que Rocha integrou foi a Gestapo. A banda era formada por Lulu Gouveia;
Judas; Joãozinho Viradinha (que depois virou cantor Gospel) e Renato Rocha.
Depois, Negrete formou com Toninho Maia a banda Hosbond Kama.1
Em 1981, ele
passou a integrar a banda Dents Kents, composta ainda por Fred (Vocal); Ameba
(Bateria – que mais tarde mudou seu nome para Jander e foi para Plebe Rude);
Feijão ('Guitarra). O Dents Kents existiu de 1981 a 1982.
Na Legião
Urbana[editar | editar código-fonte]
A Legião
Urbana originalmente era um trio, com Renato Russo (baixo), Dado Villa-Lobos
(guitarra) e Marcelo Bonfá (bateria). Renato Rocha ingressou na Legião
Urbana logo depois de a banda ter assinado o contrato com a EMI, em 1984, a quatro dias do
início das gravações do primeiro LP da banda, auto-intitulado.2 O
motivo foi à tentativa de suicídio de Renato Russo ao cortar os pulsos, ficando
assim impossibilitado de gravar. Renato Rocha já era amigo de Marcelo
Bonfá, o que facilitou sua entrada para a banda. A partir daí, virou
integrante fixo do grupo e compôs "'Quase sem querer" e "Daniel
na cova dos leões" e outras canções junto com os membros da banda.1
Renato Rocha
deixou a Legião em 1989, quando a banda estava prestes a assinar o contrato do
álbum As Quatro Estações.2 Em
uma entrevista concedida anos mais tarde, ele afirmou que foi expulso por
Renato Russo que, saindo de um elevador, disse: "Você está fora da minha
banda". Em entrevistas posteriores, Dado Villa-Lobos revelou que os reais
motivos da saída de Negrete foram devido aos seus problemas pessoais com
bebidas e atrasos em shows .2 Após
anos, Billy foi convidado a fazer uma participação no álbum Uma Outra
Estação, tocando baixo na faixa "Riding Song",2 que
se tratava de uma faixa em que a passagem dos demais instrumentos e o coral do
refrão já estavam gravados por Dado e Bonfá. Contudo, como já não havia a voz
de Renato Russo, a gravadora utilizou depoimentos gravados em 1986 dos quatro
membros da banda em cima do arranjo.
Depois da
Legião Urbana[editar | editar código-fonte]
Depois da Legião
Urbana, Renato Rocha integrou a banda Cartilage (não confundir com Cartilage,
banda de death metal da Finlândia),
na qual lançou os discosCartilage Virtual e Solana Star, cujo nome
fazia referência ao navio Solana Star, que naufragou em 1987.
Morador de rua
e apoio da mídia[editar | editar código-fonte]
Em 25 de
março de 2012,
o programa jornalístico Domingo Espetacular, da Record,
exibiu uma matéria em que mostrava que o baixista havia se transformado emmorador
de rua no Rio de Janeiro. A reportagem descrevia a
série de acontecimentos que o levaram a perder tudo e ir morar nas ruas
cariocas. Especulava também o porquê de os direitos autorais não serem
suficientes para que o músico conseguisse tocar sua vida dignamente e também o
porquê de sua vida ter se transformado tão radicalmente3 4 Ainda
na reportagem, o ECAD comunicou
que repassa ao músico um valor de cerca de R$ 900 por mês.5
Em 2002, em uma
entrevista, ele havia afirmado que a Legião Urbana rendia menos de mil reais
por mês a ele.2 Também
assumiu fazer uso de maconha, bebidas alcoólicas e que teve uma juventude marcada
por estas e outras drogas.2
Em 2013, Negrete subiu
junto com outros músicos no palco montado no Estádio Nacional Mané Garrincha,
no show "Renato Russo Sinfônico". Neste tributo, Renato Russo
apareceu no palco na forma de projeção holográfica.
Em 2014, foi convidado
para uma participação no projeto "Urbana Legion", idealizado por
Egypcio, da banda Tihuana. Neste projeto, Negrete voltou aos palcos para tocar
os sucessos do Legião Urbana, junto com o também ex-integrante
Eduardo Paraná.
Em 22
de fevereiro de 2015, por volta das 8h30, uma governanta encontrou o ex-baixista
morto dentro de um hotel em Guarujá, no bairro da Enseada, no litoral de São
Paulo. Renato deixa um casal de filhos e uma neta.6
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renato_Rocha_%28baixista%29
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