sábado, 29 de setembro de 2012

Hebe Camargo Cantora a apresentadora de programa na TV


Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, mais conhecida como Hebe Camargo ou simplesmente Hebe (Taubaté, 8 de março de 1929 – São Paulo,29 de setembro de 2012)[2][3] foi uma apresentadora de televisão, atriz, humorísta e cantora brasileira, tida como a "rainha da televisão brasileira". Ravagnani é seu sobrenome de casada. Morreu no dia 29 de setembro de 2012 por uma parada cardíaca em São Paulo.[4]

Início da Carreira

Nascida em Taubaté, filha de Esther Magalhães Camargo e Segesfredo Monteiro Camargo, Hebe teve uma infância humilde. Na década de 1940, formou, com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis, a dupla caipira "Rosalinda e Florisbela". Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates, quando abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.[5][6]

Hebe ajudou o grupo que foi ao porto da cidade de Santos pegar os equipamentos para dar início a primeira rede de televisão brasileira, a Rede Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, na cidade de São Paulo, em 1950. No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo viria a cantar no início do TV na Taba (que representava o início das transmissões) o "Hino da Televisão", mas teve que faltar ao evento e sendo substituída por Lolita Rodrigues.[5] Hebe faltou à cerimônia para acompanhar seu namorado na época em uma cerimônia na qual seria promovido.[7]

O programa Rancho Alegre (1950) foi um dos primeiros programas em que Hebe participou na TV Tupi de São Paulo: sentada em um balanço de parquinho infantil Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi. Tal apresentação está gravada em filme e é considerada uma relíquia da televisão brasileira[5], uma vez que o videotape ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos, como atualmente.

Em 1955 Hebe deu início ao primeiro programa feminino da TV brasileira, O Mundo é das Mulheres, onde chegou a apresentar cinco programas por semana. Em 1957, Hebe, originalmente com os cabelos escuros passou a se apresentar com os cabelos tingidos de louro, os quais tornaram-se uma de suas marcas registradas. Em 1964 a apresentadora abandonou o programa para casar-se com o empresário Décio Cupuano, união da qual nasceu Marcello.

Em 1960 é contratada pela TV Continental para apresentar Hebe Comanda o Espetáculo, cuja edição especial em 1961 é lançada em disco.[carece de fontes]

Em 10 de abril de 1966, vai ao ar pela primeira vez o seu programa dominical homônimo Hebe Camargo, acompanhada do músico Caçulinha e seu regional TV Record; o programa a consagrou como entrevistadora e a tornou líder absoluta de audiência da época.[5]

Durante a Jovem Guarda muitas personalidades e novos talentos passaram pelo "sofá da Hebe", no qual eram entrevistados em um papo descontraído. Seus temas preferidos na época eram separações,erotismo, fofoca e macumba.[5]

Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos veio ajudá-la nas entrevistas. Hebe também arranjava tempo para o seu programa diário na Jovem Pan - Rádio Panamericana. [carece de fontes]

Hebe passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980. Na Bandeirantes, ficou até 1985, quando foi contratada pelo SBT.

Hebe juntamente com o jornalista brasileiro Paulo Henrique Amorim.

SBT

Em 1986, Hebe foi para o SBT, onde apresentou três programas: Hebe, no ar até 2010, Hebe por Elas e Fora do Ar, além de participar do Teleton e em especiais humorísticos, como um quadro do espetáculo da entrega do Troféu Roquette Pinto, Romeu e Julieta, em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, já falecidos, artistas que foram grandes amigos da apresentadora.

O programa Hebe entrou no ar em 4 de março de 1986. Entre 1986 a 1993, o programa foi ao ar nas terças-feiras. Em 1993, migrou para as tardes de domingo. No ano seguinte, foi para a segunda. Durante um período, foi exibido aos sábados. A apresentadora recebe convidados para pequenos debates e apresentações musicais: todos se sentam em um confortável sofá, que é quase uma instituição da televisão brasileira.

Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe. Em 1999 voltou a lançar um CD. Em 22 de abril de 2006 comemorou o 1 000º programa pelo SBT.

DVD "Hebe Mulher e Amigos"

Em 2010, aos 81 anos, Hebe Camargo gravou seu primeiro DVD ao vivo, "Hebe Mulher e Amigos, com duas apresentações, uma em São Paulo, no Credicard Hall em 27 de outubro e outro no Rio de Janeiro, no Citibank Hall em 24 de novembro. No show, a apresentadora recebeu diversas personalidades da música brasileira como Fábio Jr., Daniel, Leonardo, Maria Rita, Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone, os quais entrevista em um sofá, como se estivesse em seu programa de auditório.[8]

Doença e morte

Em 8 de janeiro de 2010, Hebe foi internada no hospital Albert Einstein, na Cidade de São Paulo.[9] Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor no estômago. [10] Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma laparoscopia diagnóstica, que encontrou nódulos, atestando ser um tipo raro e de difícil tratamento do câncer no peritônio.[11] O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região.[12] Em junho de 2012, Hebe foi internada para ser submetida a uma cirurgia de retirada da vesícula biliar. Em julho de 2012 foi novamente internada por motivo não divulgado oficialmente.[13] [14]

Hebe Camargo no SBT.

Por volta das 16h 30 min de 13 de dezembro de 2010, ao final da gravação do especial de Reveillon de seu programa no SBT, Hebe, a apresentadora, pegando a todos de surpresa, leu uma carta de próprio punho para seu auditório e público informando que aquela foi a sua última atuação como funcionária do SBT. Estava ela se despedindo da emissora de Silvio Santos depois de 24 anos. O contrato dela com o SBT venceria no dia 31 de dezembro, mas diante disto Hebe confirma que não deve mais renovar com a emissora do "Baú". O último programa de Hebe Camargo no SBT foi ao ar em 27 de dezembro de 2010.[15] Dois dias antes de anunciar a saída do SBT, no dia 11 de dezembro, Hebe, com permissão do SBT, gravou com o apresentador Fausto Silva o Domingão do Faustão, da Rede Globo, onde recebeu uma homenagem (este programa foi ao ar no dia 26 de dezembro de 2010). Após sua saída do SBT, ela assinou contrato com a Rede TV! em 15 de dezembro de 2010 para receber 500 mil reais por mês mais 50% de todos os merchandisings,[16] estreando na emissora em 16 de março de 2011 ocupando o terceiro lugar na audiência na Grande São Paulo.[17] O programa possuía o mesmo formato do seu programa na antiga emissora sendo exibido ás terças-feiras. Segundo a o site Radar online da revista Veja a emissora estaria propondo aos seus funcionários uma diminuição para a renovação dos contratos pela metade do salário.[18] Em 24 de agosto de 2012 a colunista do jornal Folha de S. Paulo Keila Jimenez publicou que após a apresentadora ter reclamado dos atrasos de salários pela emissora a equipe de seu programa havia sido desmanchada.[19] Após várias especulações sobre a ida da apresentadora de volta para o SBT o colunista Flávio Ricco do portal UOL intitulou a matéria de "Hebe Camargo está de volta ao SBT", sobre o retorno a sua antiga "casa", o que foi desmentido pelo agente da apresentadora.[20] A confirmação da rescisão do contrato com a Rede TV! saiu dois dias após em 17 de setembro. A última exibição do programa Hebe na Rede TV! ocorreu no dia 25 de setembro de 2012 em uma edição especial de despedida da emissora.[21] Dois dias após a exibição do especial o SBT anunciou a volta da apresentadora a casa.[22]
Hebe morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo aos 83 anos após sofrer uma parada cardíaca de madrugada, enquanto dormia.[23]

Vida Pessoal

Foi casada duas vezes. Seu primeiro matrimônio foi com o empresário Décio Capuano. Ele foi o segundo namorado de Hebe e estavam morando juntos havia 15 anos. Hebe se casou no civil e na igreja em 14 de julho de 1964, de vestido rosa, pois, por tradição da época, a noiva que não fosse mais virgem não poderia usar branco e Hebe também já tinha 35 anos, ela achava feio se casar como uma jovenzinha. No mesmo ano descobriu que estava grávida. Em 20 de setembro de 1965 deu à luz um menino, a quem batizou de Marcello de Camargo Capuano. 

A criança nasceu de parto normal, na Maternidade São Paulo, na Cidade de São Paulo, em um parto prematuro de 8 meses. Décio era muito ciumento, não aceitava a carreira de Hebe, tanto que ela interrompeu por 1 ano até voltar às rádios e tvs.[3]

No período que morou com Décio, antes de se casar oficialmente, Hebe engravidou duas vezes mas sofreu aborto espontâneo. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de estar trabalhando demais na televisão, querendo que ela parasse de atuar na TV, e a acusava de ser a culpada pelos dois abortos sofridos, porque trabalhava demais. Depois de casada e conseguir ter seu filho, o jeito do marido não mudou, se tornando infeliz no casamento. Não aguentando a oposição do marido a sua carreira e a crises conjugais, Hebe saiu de casa levando o filho do casal em 1971, e se divorciaram no mesmo ano. Morando sozinha com o filho Marcello, conheceu o empresário Lélio Rvagnani. Eles começaram a namorar e em 1973 casou-se com Lélio, que ajudou-a a criar seu filho, mesmo o pai indo vê-lo as vezes. Hebe e Lélio viveram um casamento feliz por 29 anos, até a morte dele, em 2000.[3]

Programa de Hebe Camargo no SBT, com a participação de Luciana Mello, Jorge Aragão, Jair Rodrigues e Alcione.


Em uma entrevista a revista Veja, declarou que aos 18 anos, em 1947, na sua primeira relação sexual, engravidou do seu primeiro namorado, o empresário Luís Ramos, um homem mais velho e experiente em conquistas. Tomou essa decisão pelo fato que ele a traía constantemente, os dois viviam brigando, e por ser vergonhoso para os pais terem uma filha mãe solteira. A situação piorou quando Hebe foi abandonada grávida por Luíz. Sem alternativas, com medo de ser expulsa de casa e com pena dos pais pelo vexame que passariam de ter uma filha sem marido e com filho, um dia, sem contar a ninguém, decidiu fazer um aborto, indo a casa afastada que fazia esse tipo de procedimento. Hebe relata que o aborto foi sem nenhum tipo de anestesia, a fazendo gritar de dor, por causa do corte na hora de tirar o feto. Isso a fez sofrer muito. Ao sair de lá, continuou mal e demorou por meses para se recuperar, sentindo dores e hemorragias. Hebe acabou mentindo para os pais, escondendo tudo deles e dizendo que estava bem, somente com cólicas. Passou a tomar remédios e mais remédios escondida, sem orientação médica, e por milagre não faleceu ou teve sequelas, sarando sozinha. Apesar de tanto sofrimento físico e emocional, Hebe diz que não se arrependeu desse ato, que fez isso na hora certa. Não poderia ter um filho naquela época, afirmou.[24]

Salário na RedeTV!

Em julho de 2012, quando Hebe estava internada num hospital da cidade de São Paulo, ela teve a ideia de ligar para Carlos Nascimento, jornalista e apresentador do SBT. Na ligação, ela disse que queria votar para o reality show O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, durante esta semana, o programa estava em uma competição do Pelé e Juscelino Kubitschek, e ela escolheu votar no rei do futebol.[25] Durante a conversa também falou sobre o estado de saúde, afirmando que graças a Deus e à riqueza dos remédios, estava melhorando. Em sua participação, aproveitou para elogiar o ex-patrão Silvio Santos e criticou a sua antiga emissora (Rede TV!).[26]


"Eu queria dizer que Silvio Santos é um ‘país’ que respeita seus empregados. Jamais atrasou os pagamentos um dia sequer, é um grande empresário."

— Hebe Camargo.[27][28]


No dia da sua morte, o apresentador do programa, Gilberto Barros iniciou o programa desligando seu microfone e colocando-o em uma caixa dizendo que o mesmo estava sendo aposentado. 

A colunista do site R7, Fabíola Reipert comentou sobre o fato e disse: "Uma forma meio grosseira de dizer adeus."[29]





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Veja repercussão da morte de Hebe Camargo

Hebe Camargo (Foto: globo news)

Cantora e apresentadora de televisão

Apresentadora morreu aos 83 anos de parada cardíaca neste sábado (29). Hebe fez várias cirurgias e tratamentos após descobrir câncer em 2010.

Artistas e políticos publicaram mensagens em redes sociais e divulgaram notas para lamentar a morte da apresentadora Hebe Camargo, que morreu neste sábado (29) em São Paulo, aos 83 anos, vítima de parada cardíaca.

Hebe ficou internada por quase duas semanas, em julho, no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, para “tratamento de suporte nutricional e metabólico”. Nos últimos dois anos, a apresentadora passou por várias cirurgias e tratamentos contra o câncer.

Veja a repercussão:

ADRIANE GALISTEU – a apresentadora deixou sua homenagem à Hebe no Twitter: “sem palavras. Luto à melhor. Minha inspiração, minha amiga querida, meu amor. Hebe para sempre! Para sempre vou te amar. Que falta você vai fazer”.

AGUINALDO SILVA – o autor escreveu uma homenagem para Hebe no seu blog oficial. Confira um trecho da mensagem: “Hebe Carmargo Ravagnani, mais do que uma cantora e apresentadora, tornou-se uma espécie de história viva da televisão brasileira, da qual participou, sempre como uma grande estrela, em todas as suas fases. Agora ela se foi, e não há muito mais a dizer sobre ela, a não ser que a amávamos todos, que a tínhamos como um exemplo e um modelo de vida. Hebe foi – e será para sempre – uma espécie de guia para muita gente boa que veio depois dela e hoje brilha”.

ANA MARIA BRAGA – a apresentadora publicou no microblog uma homenagem à Hebe direto de Portugal: “os amigos do sorriso da TV brasileira, Hebe, choram a estrela que se vai. Saudade. De Portugal, aonde vim trabalhar, estou dolorida na alma”.

ANGÉLICA – a apresentadora lamentou a morte de Hebe no Twitter. “Que tristeza! Minha amada Hebe Camargo vai deixar muita saudade! Luz e paz, querida! Sua alegria de viver sempre foi um exemplo!”
DANIEL – o cantor lamentou a morte de Hebe. “É uma perda irreparável para todos nós. É um momento, inclusive, em que faltam palavras para expressar o que sentimos no nosso coração. A Hebe fazia parte do meu convívio. Eu tive a honra de conhecê-la há muitos anos. Eu me considerava como parte integrante da família. Além da consideração, do respeito mútuo, da energia positiva que ela sempre transmitiu, ela era um exemplo de ser humano, da força de vontade e da garra. O Brasil perde com a partida de Hebe”.

FÁTIMA BERNARDES – a jornalista escreveu uma homenagem à apresentadora no microblog. “Não tive a chance de conviver com a Hebe. Mas tinha toda a minha admiração. Um exemplo”.

GILBERTO KASSAB – o prefeito de São Paulo divulgou nota à imprensa sobre a morte de Hebe: “é com muito pesar que recebemos a notícia da morte de Hebe Camargo. Dona de um imenso talento artístico, Hebe se destacou como uma referência em seu trabalho de apresentadora. Sem perder o seu característico bom humor, demonstrou em sua trajetória de sucesso a coragem de defender posições firmes em favor de causas nobres. Uma mulher de grande personalidade e de carisma indiscutível. Deixa um exemplo a ser seguido. Desejo paz para sua família, fãs e amigos neste momento tão triste para todos nós”.

GLÓRIA PEREZ – a autora de novelas publicou mensagem no Twitter para homenagear a apresentadora: “Hebe Camargo: o Brasil fica muito mais triste sem você”.

IRENE RAVACHE – a atriz comentou a morte de Hebe e disse que o Brasil perde com a sua morte. “O Brasil está triste. A sensação que eu tenho é que, hoje, todas as televisões são uma só, todas as rádios são uma só, todos os meios de comunicação são um só. Estamos perdendo uma mulher que é um marco dentro da televisão da brasileira. Ela é a cara da TV brasileira, é uma chancela para a nossa profissão. Nos acostumamos a tê-la não como uma figura pública, mas como uma de nós. Não estou perdendo apenas uma colega e amiga. Estou perdendo alguém da família. E acho que esse é um sentimento que está nos igualando a todos”.

JÔ SOARES – o apresentador disse que Hebe vai deixar muita saudade. “Era quase uma morte anunciada porque ela já estava lutando contra a doença, sempre com o ânimo muito forte. Mas enfim, a gente sempre se surpreende quando chega o inevitável. Ela vai deixar muita saudade, era uma personalidade brilhante. Uma vez, eu fui intérprete de uma entrevista dela com várias pessoas. E todas se referiam a ela como uma grande senhora, uma grande estrela. Independente da idade, ela vai deixar saudade no que fazia e da maneira sempre carinhosa com que ela fazia (...) Ela realmente tinha uma certeza do que fazia que era sensacional. Ela estava acima do bem e do mal”.

JOSÉ SARNEY – o presidente do Senado lamentou a morte da apresentadora. “Hebe Camargo foi uma figura que ocupou de maneira marcante algumas décadas da vida artística brasileira, com uma grande vivência, grande sensibilidade para o gosto popular e, ao mesmo tempo, com inteligência e competência. Foi uma presença marcante. Só temos que lamentar. Uma figura como ela deixa um vazio que não se preenche com facilidade. E ao mesmo tempo temos que ressaltar o exemplo de vida, pois nos últimos tempos mostrou resistência sem abandonar o gosto pela sua profissão”.

LOLITA RODRIGUES – atriz e uma das melhores amigas de Hebe se emocionou ao falar da apresentadora. “Eu nem sei o que falar. Eu estive com ela há um mês. Ela ainda estava no hospital. Ela estava muito triste, e eu fiquei muito admirada porque a Hebe era a alegria em pessoa. Ali, eu tive certeza de que nada mais era... Mas a gente sempre tem uma esperança. Era esperado, mas dói muito. Perder um amigo sempre dói muito”.

LUCIANO HUCK – no Facebook, o apresentador postou uma foto com Hebe e Angélica com a seguinte mensagem: “de uma lucidez e inteligência gigantescas, um bom humor inoxidável, um carinho que transbordava, uma fidelidade canina e a prática incansável de pequenos gestos de amizade, esta era a amiga Hebe. Perdemos uma amiga querida, por quem tínhamos muito amor e respeito. Perde a televisão brasileira. Ganha a história do entretenimento no Brasil, o ponto final do capítulo de uma das suas maiores protagonistas. Vá em paz, querida Hebe. Estamos muito tristes”.

LULA E MARISA LETÍCIA – o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher divulgaram uma nota de pesar: "Hebe Camargo, com sua simpatia e carisma, conquistou a admiração de gerações de brasileiros e deu uma contribuição inigualável para a história da televisão no nosso país. A sua alegria de viver ficará para sempre na nossa memória. Nessa hora de tristeza, estendemos nossa solidariedade a sua família, amigos e fãs.”

MARCOS DE MAGALHÃES – o maquiador pessoal de Hebe disse que a apresentadora era uma pessoa muito alegre. “Ela era uma pessoa alegre, uma pessoa feliz, uma pessoa adorável. Ela nunca reclamava de nada, sempre estava tudo muito bom”.

MARTA SUPLICY – a ministra da Cultura divulgou uma nota de pesar: “hoje estamos todos de luto: familiares, amigos e fãs de Hebe Camargo. Hebe é um marco na nossa cultura de rádio e televisão. Admirava a apresentadora, a mulher e a guerreira. Durante toda a sua vida, com seu jeito espontâneo de ser, Hebe trouxe alegria a milhões de pessoas. Nos últimos anos, continuou um exemplo de otimismo, mesmo diante de uma doença tão dura. Fica a lembrança de uma vencedora, que conduziu a vida como queria”.

MIGUEL FALABELLA – o ator disse que a Hebe era a maior de todas as estrelas. “Lembro da primeira vez que estive no programa. Eu estava começando a carreira de diretor e ela foi encantadora. Ela tinha um carinho enorme pelos entrevistados. Eu saí do programa totalmente conquistado. Lembro que ela me deu um tapete de presente. E isso é inesquecível, tenho essa lembrança muito forte. O Brasil inteiro perde uma amiga”, lembra Falabella.

OLACYR DE MORAES - empresário e amigo de Hebe disse que a apresentadora não esperava morrer: “pegou todo mundo de surpresa. Foi uma morte repentina. Ela não esperava morrer, tanto que tinha assinado contrato com o SBT. Ela tinha muita vontade de viver”.

PAULA TOLLER – no Twitter, a cantora lamentou a morte de Hebe: “a Hebe apertava minha mão com força, com carinho de verdade. A gente se vestia para ela, se embelezava para ela ficar contente. Ela entendia tudo sem a gente precisar explicar. Que mulher espetacular morreu hoje.”

PAULO MALUF – deputado federal pelo PP de São Paulo disse que está triste pois conviveu com a apresentadora durante "45 longos anos" da sua vida. "Uma mulher estupenda, corajosa, e uma entrevistadora franca e leal. Vai deixar muitas saudades. O exemplo dela foi dignificante", disse o político. Hebe era eleitora declarada de Maluf.

REGINA CASÉ – a apresentadora lamentou no Twitter a morte de Hebe: “Só agora soube que a Hebe voltou para o Olimpo onde sempre estará servindo ambrosia, o néctar dos deuses, fonte da eterna juventude! 

VIVA HEBE! Sempre me impressionou que na mitologia grega 'Hebe' fosse a deusa da eterna juventude! E a gente teve a sorte de conviver com essa deusa!”

RITA LEE – a cantora publicou uma mensagem no Twitter para a Hebe: “minha vida sem a gargalhada de Hebe sempre por perto não vai ter graça”.

SÉRGIO CABRAL – o governador do Rio de Janeiro divulgou uma nota lamentando a morte da apresentadora: “Hebe era sinônimo da alegria de viver. Deixa um vazio nas noites da televisão brasileira”.

SERGINHO GROISMAN – o apresentador deixou uma mensagem no Twitter: “Hebe: muito triste. Sempre brindou a favor da vida e da alegria”.

SUSANA VIEIRA – no Twitter, a atriz escreveu: “perdemos a grande diva da televisão brasileira. Descanse em paz, querida Hebe”.

TIRIRICA – o deputado federal (PR-SP) disse, por meio da assessoria de imprensa, que ficou emocionado. “Foi um choque. É uma tristeza muito grande para mim e para o país”, disse. Ele relembrou que trabalhou com a apresentadora e que chegou a contracenar com ela. “Lembro dela como uma pessoa alegre e corajosa. Estou muito triste.”

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Renato e Seus Blue Caps


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Banda brasileira de rock e pop surgida no Rio de Janeiro no final dos anos 50. Renato e Seus Blue Caps foi uma das bandas do movimento Jovem Guarda no Brasil. Músicas sempre lembradas em bailes como Menina Linda, "Não Te Esquecerei", "Primeira Lágrima" entre outras.

Biografia

Grupo formado no final dos anos 50 pelos irmãos Renato, Edson e Paulo César, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, com o nome Bacaninhas do Rock da Piedade. O primeiro nome foi censurado e o radialista Jair de Taumaturgo sugeriu o nome definitivo, inspirado no conjunto norte-americano Gene Vincent And His Blue Caps.[1] Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV Rio, apresentado por Carlos Imperial. Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas de língua inglesa (a maioria britânicas), como "Não Te Esquecerei", versão de "California Dreaming", de The Mamas & The Papas, "Menina Linda", versão de "I Should Have Known Better", "Até o Fim", versão de "You Won't See Me" (ambas de Lennon/McCartney) e "Escândalo", versão de "Shame And Scandal In The Family" (Donaldson/ Brown). Já em 1963 Edson saiu do grupo e iniciou carreira solo com o nome Ed Wilson. Foi substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo. Tornaram-se um sucesso se apresentando no programa Jovem Guarda, em shows, festas e bailes. Em 1966 apareceram em dois filmes: Na onda do iê-iê-iê (p&b) e Rio, Verão & Amor (colorido).

Renato teve composições gravadas por outros artistas, como Roberto Carlos e Leno e Lilian. O grupo era formado por Renato Barros, voz; Erasmo Carlos, substituto de Edson Barros, voz; Carlinhos, guitarra; Tony e mais tarde Gelson, bateria; Paulo César Barros, baixo; e Cid, saxofone.

Formação

(1958) Renato Barros, Paulo César Barros, Carlos Caparronni, Edinho (Ed Wilson), Roberto Simonal
(1962) Renato Barros, Paulo César Barros, Edinho (Ed Wilson), Roberto Simonal, Cláudio, Ivan Botticelli
(1963) Renato Barros, Paulo César Barros, Erasmo Carlos, Roberto Simonal, Toni
(1965 a 1967) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Carlinhos, Toni
(1968) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Carlinhos, Toni, Mauro Motta
(1969 a 1970) Renato Barros, Cid, Toni, Pedrinho, Scarambone
(1971) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Scarambone, Toni, Pedrinho
(1972 a 1973) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Gelson
(1974 a 1976) Renato Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Ivanilton (Michael Sullivan), Gelson
(1977) Renato Barros, Cid, Pedrinho, Gelson
(1979 a 1983) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Marquinho, Gelson
(1987) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Gelson
(1996 a 2001) Renato Barros, Cid, Gelson, Darcy Velasco, Amadeu Signorelli

Discografia

Twist (1962 - Copacabana)
Renato e Seus Blue Caps (1963 - SOM)
Viva a Juventude (1965 - CBS)
Isto é Renato e Seus Blue Caps (1965 - CBS)
Um Embalo Com Renato e Seus Blue Caps (1966 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1967 - CBS)
Especial (1968 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1969 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1970 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1971 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1972 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1973 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1974 - CBS)
10 Anos de Renato e Seus Blue Caps (1976 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1977 - CBS)
Suco de Laranja (1979 - CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1981 - CBS)
Pra Sempre - Renato e Seus Blue Caps (1983 - RCA)
Batom Vermelho (1987 - Continental)
Renato e Seus Blue Caps 1996 (1996 - Globo/Columbia)
Renato e Seus Blue Caps - Ao Vivo! 2001 (2001 - WEA)



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Nara Leão - Cantora



Nara Lofego Leão Diegues (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora brasileira.

História

Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão e Altina Lofego (em italiano Lofiego), descendente de imigrantes da Basilicata que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego), Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão. Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Mais tarde, Nara tornou-se professora da academia.

Musa da Bossa Nova

A Bossa Nova nasceu em reuniões no apartamento dos pais da cantora, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e seu então namorado, Ronaldo Bôscoli. No fim dos anos 1950, Nara foi repórter do jornal "Última Hora", onde Bôscoli também trabalhava, e que pertencia a Samuel Wainer, casado com a irmã de Nara, Danuza Leão. O namoro com Bôscoli terminou quando ele a traiu e iniciou um caso com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires, em 1961. Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra e se casa com ele um tempo depois. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro.
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o movimento militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, interpretando Carcará, pois Nara precisara se afastar por estar afônica. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.

Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto -- feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
Tropicalismo

Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.

Vida Pessoal

Já separada alguns anos do marido Ruy, de quem não teve filhos, Nara casa-se novamente, dessa vez com o cineasta Cacá Diegues, com quem teve dois filhos: Isabel e Francisco. No fim dos anos 1960, se muda para a Europa com o marido, permanecendo lá por dois anos, tendo morado na França, na cidade de Paris, onde nasceu Isabel, primeira filha do casal.

No começo dos anos 1970, ela volta para o Brasil grávida e nasce na Cidade do Rio de Janeiro o segundo filho do casal, Francisco. Nessa época, decide estudar psicologia na PUC-RJ. De fato, Nara planejava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois era muito cansativa a vida de uma cantora, já que ela agora era mãe e casada, tinha que se dedicar mais aos filhos e ao marido do que a música, apesar de Nara amar cantar, teve que fazer essa difícil escolha. nara tinha uma amiga muito leal a julia de 20anos
Morte

Nara Leão morreu na manhã de 7 de junho de 1989, vítima de um tumor cerebral inoperável, aos 47 anos de idade. Nara já sabia do tumor, e sofria com o problema havia 10 anos. O tumor estava numa área delicada do cérebro, por isso não podia ser operado. A cantora sentia fortes dores e tonturas, sendo isso também um contribuinte para Nara tentar largar a carreira musical. Seu último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.

Após a Morte

Em 2002, seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas - uma com o período 1964-1975 e a outra 1977-1989 - trazendo também faixas-bônus e um livreto sobre sua biografia. Mesmo depois de ter morrido há anos, suas músicas ainda eram sucesso, como até hoje são.

Em 2007, a cantora Fernanda Takai gravou o disco Onde Brilhem os Olhos Seus, onde interpreta canções típicas do repertório de Nara Leão, fazendo assim uma homenagem. Em janeiro de 2012, seu acervo de fotografias, músicas e documentos foi digitalizado e aberto para consulta.[1]

1964 - Nara
1964 - Opinião de Nara
1965 - O Canto Livre de Nara
1965 - Cinco na Bossa
1965 - Show Opinião
1966 - Nara Pede Passagem
1966 - Manhã de Liberdade
1966 - Liberdade, Liberdade
1967 - Nara
1967 - Vento de Maio
1968 - Nara Leão
1969 - Coisas do Mundo
1971 - Dez Anos Depois
1972 - Quando o Carnaval Chegar
1974 - Meu Primeiro Amor
1977 - Meus Amigos São Um Barato
1978 - Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos
1979 - Nara Canta en Castellano
1980 - Com Açúcar, Com Afeto
1981 - Romance Popular
1982 - Nasci Para Bailar
1983 - Meu Samba Encabulado
1984 - Abraços E Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim… Nara
1985 - Nara e Menescal - Um Cantinho, Um Violão
1986 - Garota de Ipanema
1987 - Meus Sonhos Dourados
1989 - My Foolish Heart




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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sula Miranda - Cantora



Suely Brito de Miranda, conhecida como Sula Miranda (São Paulo, 12 de novembro de 1963) é cantora e apresentadora brasileira. Sua mãe, Maria José conheceu Mário, no Rio de Janeiro, onde se casaram. Tiveram três filhas. As três têm aproximadamente dois anos de diferença entre si.

Sula nasceu com um sério problema na laringe. Por ser estreita demais, dificultava a passagem dos alimentos. Para complicar, tinha o timo aumentado, uma glândula situada na parte inferior do pescoço, dificultando qualquer tipo de alimentação. Qualquer secreção na saliva era suficiente para que a recém-nascida engasgasse, colocando em risco sua vida. Era uma situação muito difícil, que obrigava uma constante vigilância, principalmente à noite, quando os pais se revezavam na cabeceira de Sula.

Examinada por uma junta de vinte médicos quando tinha um mês de vida, a conclusão foi que Sula deveria se submeter a uma traqueostomia (cirurgia com que se estabelece comunicação entre a traqueia e o exterior), que a condenaria a passar o resto de sua vida com uma abertura externa na garganta, por onde falaria. Sua mãe, porém, não permitiu a operação. Entregou o caso a Deus, mesmo sabendo dos riscos de vida que a filha corria.

O pediatra Dr. Jayme Murahovschi que acompanhava a doença de Sula resolveu tentar um tratamento à base de fortes antibióticos. Corria riscos com esse tratamento, mas havia chances de cura. Deu certo. Hoje o Dr. Jayme Murahovschi, costuma citar esse caso aos seus alunos, além de ter o carinho, a gratidão e a confiança de Sula, ele é também o pediatra de seu filho Natan. O pediatra até hoje não entende como Sula virou cantora. A chance de que ela tivesse uma vida normal não era grande, mas ela conseguiu mais do que isso.

Durante toda infância Sula morou no bairro do Ipiranga, em um sobrado que tinha um salão grande na parte inferior. As brincadeiras vividas pelas irmãs nesse ambiente podem ter influenciado bastante na carreira artística delas. Por causa dos problemas de saúde de Sula, aliados a um excessivo ciúme das filhas, o pai não permitia que elas brincassem como outras crianças nas ruas.

Por conta disso, Seu Mário volta e meia chegava do trabalho carregado de brinquedos e instrumentos musicais; tudo para que as meninas ficassem sempre em casa. As três gostavam muito de tocar os cantores da Jovem Guarda na vitrolinha que ganharam do pai. Dançavam, tocavam instrumentos e cantavam o tempo todo.

Das brincadeiras musicais participavam também as amiguinhas do bairro. Era uma algazarra tão grande que deixavam à mãe e as empregadas da casa enlouquecidas. No meio de tanta música e instrumentos musicais, todas se dedicaram ao aprendizado de violão. Sula aprendeu também um pouco de piano. Com 16 anos, Maria Odete (Gretchen) resolveu dar aulas desse instrumento.

Uma de suas alunas, chamada Paula, acabou se tornando grande amiga das três irmãs. Este relacionamento de amizade gerou a criação de um grupo musical “As Mirandas”.

Começou sua carreira musical no grupo "As Mirandas" (mais tarde se chamaria As Melindrosas) do qual fazia parte também sua irmã, Maria Odete Miranda, mais conhecida como Gretchen. No final dos anos 70, Sula, suas duas irmãs e uma amiga formaram o conjunto "As Melindrosas”. Fizeram grande sucesso perante o público infanto-juvenil, vendendo um milhão de discos e tiveram vários discos gravados. O sucesso as levou  a fazer um filme, uma comédia musical chamada "É proibido beijar as Melindrosas".

A fase de adolescência de Sula foi marcada pela participação no conjunto. Sua carreira no conjunto durou três anos.

Ficou afastada da vida artística por quatro anos e depois deste período, decidiu então entrar para o mundo sertanejo que naquele período passava por grandes transformações.

Há algum tempo a música sertaneja vinha sendo renovada. Chitãozinho & Chororó,Milionário e José Rico e Sérgio Reis, entre outros, vinham dando uma nova feição a esse estilo de música, conquistando públicos diferentes daqueles que acompanhavam as tradicionais duplas.

Sula percebeu que poderia apostar naquele caminho novo e promissor. Gravou uma fita com músicas sertanejas, elaborou um projeto visual diferenciado e foi à luta, atrás de quem poderia ajudá-la. Não foi fácil. Até o primeiro disco nessa nova fase, Sula percorreu inúmeras gravadoras.

Após três anos nessa busca, finalmente acabou encontrando sua oportunidade na gravadora 3M. Eles  estavam procurando justamente o que Sula oferecia.

Iniciou carreira solo, estava nascendo Sula Miranda, nome que passou a adotar a partir de então. Sula assinou contrato com a 3M  e lançou seu primeiro disco, em julho de 1986. Em outubro desse ano, já era recorde de vendas. O sucesso de Sula estava traçado desde o início. Ela veio no movimento de renovação que a música sertaneja estava tendo.

Era jovem, talentosa e cheia de garra, o novo gênero tomou conta dos programas de rádio e televisão. O sertanejo-urbano, mistura da tradicional música caipira com toques de modernidade nos temas e na introdução de instrumental eletrônico. E assim, ela estava preparada para buscar o seu objetivo.

Sula teve a felicidade de encomendar uma música a Joel Marques, compositor consagrado, a canção "Caminhoneiro do Amor".  Em dois meses, todas as rádios estavam tocando essa música. Logo no lançamento, as vendas atingiam 250 mil cópias. Aproveitando o embalo, Sula gravava um vídeo-clipe para a televisão. Era a sua consagração. Os convites para shows não paravam de chegar.

Era o sucesso e Sula sabia que tinha que aproveitar. Chegava a fazer 25 shows por mês. Gravou muitos compositores famosos e conceituados ao longo dos anos. Participou de vários programas de rádio e televisão.

Sempre teve forte presença no palco. Atraía públicos de 30 mil a 100 mil pessoas em cada espetáculo. Com seu carisma, prestígio e credibilidade foi uma das cantoras do estilo sertanejo, mais requisitada do país, para anúncios e campanhas publicitárias. Sua marca foi licenciada para diversos produtos. Montou uma grife e abriu 40 lojas franqueadas por todo país com grande sucesso por muitos anos.

Sula Miranda também teve sua vida registrada em um home vídeo que foi lançado em todo país, e que.
veio atender a enorme expectativa de seus fãs, que ansiavam há tempos por conhecer a trajetória da vida pessoal e profissional da artista.

Sula fez da cor rosa um símbolo em sua carreira. Virou mania. Essa cor, porém, apareceu por acaso na vida dela. No início da sua carreira, Sula alugou uma casa para instalar seu escritório. Chamou um pintor e pediu que ele pintasse as paredes na cor bege, em um tom bem claro. O pintor errou a cor e acabou pintando cor de rosa. A partir desse fato a vida de Sula mudou, e a cor rosa passou a fazer parte da sua vida e marketing durante o período em que atuou como cantora.

Seu primeiro CD solo foi gravado em outubro de 1986 pela gravadora 3M e vendeu 250 mil cópias além de dar á cantora o título de "Rainha dos Caminhoneiros". Recentemente, Sula Miranda gravou um cd de músicas gospel pela gravadora Line Records.

Em 1998, durante a sua gravidez, Sula resolveu fazer um curso de decoração para adquirir mais conhecimentos nesse segmento.  Já havia concluído aos 19 anos o curso de Educação Artística na faculdade de Belas Artes. Começou atuar na área de decoração assumindo vários projetos. No ano de 1999 associou-se a duas arquitetas, Isabela Nalon e Gigi Gorenstein.

Em 2000 cedeu sua casa de Campos de Jordão para uma mostra de decoração, nessa oportunidade Sula aprimorou seus conhecimentos e abriu novas portas para atuar, obtendo grande sucesso como decoradora.

O que era um hobby acabou virando profissão. Hoje Sula atua também nessa área, realizando projetos por todo país.

No projeto de ambientação do living, decorado por Sula Miranda, Isabela Nalon e Gigi Gorenstein na 7ªMoad, priorizou-se a preservação da natureza, mantendo uma árvore dentro do espaço e o conceito de uma decoração voltada a um ambiente campestre. A leveza do ambiente é dada pelo uso de vidros na lareira, redoma da árvore e bay windows. Os materiais usados enfatizam o rústico, porém com muito estilo e requinte.

O famoso ônibus que acompanhou Sula em suas turnês pelo país também recebeu seus toques de decoradora, tanto na compra como na venda.

Sula Miranda já trabalhou na Rádio Record AM onde tinha um programa denominado "Rumo Certo". Em 1990 estreou na televisão com o programa "Roda Brasil" na Rede Record. Em 1991, Sula Miranda foi convidada para apresentar o programa "Sula Miranda" no SBT. Em 1993 voltou para a Rede Record apresentando um programa também chamado "Sula Miranda".

Já em 1995 trocou a Rede Record pela CNT, onde comandou o "Sula Miranda Show" e em 1996 mudou para a Rede Manchete. Em 2001 foi para a RedeTV!, apresentando o programa "Elas", direcionado ao público feminino e algum tempo depois estreou na Rede Mulher o "Ser Tão Mulher", também direcionado ao público feminino.

O início de sua carreira como locutora, deu-se na Rádio Record com o programa "Rumo Certo". Anos depois, após já ter seguido a carreira como apresentadora, retorna a Rádio Capital apresentando diariamente, durante a programação da emissora, vários boletins de caráter informativo, voltados exclusivamente ao caminhoneiro.

Em 2003, teve um programa musical e variedades na rádio Tupi. Devido ao grande sucesso como cantora, Sula resolveu apostar na carreira de apresentadora de televisão.

Começou em 1990 contratada por Goulart de Andrade para comandar um programa dedicado aos caminhoneiros, onde ela mostrava através de reportagens externas a vida desses profissionais da estrada, o programa "Roda Brasil" era transmitido pela Rede Record de Televisão. Foi quando Sula resolveu investir em um "programa piloto", um programa musical onde mostrava neste trabalho, seu potencial enquanto apresentadora. Essa fita foi enviada para várias emissoras de televisão, sem qualquer retorno positivo.

Apenas em 1991, um ano depois, após ganhar o Troféu Imprensa como melhor cantora de música sertaneja, Sula foi chamada. pelo SBT para apresentar o programa "Sula Miranda", um programa musical dedicado exclusivamente à música sertaneja, onde obteve grande sucesso e mostrando que a partir dai poderia atuar e crescer como apresentadora.

Em 1993, foi  para a Rede Record de Televisão para apresentar todas as sextas-feiras o programa "Sula Miranda Show", no qual ela apresentava um programa de variedades, com entrevistas, musicais de todos os estilos, brincadeiras e jogos.

Em 1995, Sula estreou na CNT, ela ganhou o horário nas tardes de sábado, onde apresentou o programa "Sula Show", com quadros de variedades, musicais, jogos e calouros, onde permaneceu até1996.

Transferiu-se em 1997 para a Rede Manchete de Televisão para apresentar “Sula Miranda Show”, um programa musical semanal, com grandes sucessos da atualidade e performances da artista, inspiradas nos grandes musicais, mostrando dessa forma toda a versatilidade de Sula. Paralelamente a apresentação deste programa, ela apresentava um quadro no programa "Siga Bem Caminhoneiro”, patrocinado pela Petrobrás e transmitido pelo SBT aos domingos pela manhã.

Em 2000 Sula, já na REDE TV, com o programa “ELAS,” se dedicada totalmente como apresentadora a um programa voltado especificamente ao universo feminino, onde apresentava a  esse público informações atualizadas sobre moda, culinária, decoração, saúde e  artesanato.

Em 2002, na Rede Mulher de Televisão, com programa "Ser Tão Mulher”. Também dirigido ao público feminino.

Depois de um período ausente em função de ter feito um intervalo na vida de apresentadora e dedicar-se a um projeto musical, retornou em 2004 com o programa “A Tarde é Nossa” pela rede Mulher de Televisão, um programa com visual moderno, conteúdo dinâmico, descontraído, com dicas e assuntos variados.

Sula Miranda converteu-se à religião evangélica. Havia decidido que não cantaria mais e que sairia da mídia. Porém acabou por aceitar o convite da gravadora Line Records para gravar seu primeiro CD gospel por acreditar que está atendendo a um pedido de Deus.

Atualmente tem em projeto, lançar um livro relatando toda a mudança em sua vida ocorrida em função de sua conversão. Sula é evangélica e quer dividir seu aprendizado principalmente com o público feminino.


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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Oséas Lopes - O CANTOR CARLOS ANDRÉ - MOSSOROENSE


Carlos André - nome artístico, seu nome verdadeiro é Oséas Almeida Lopes. Nasceu em Mossoró, Rio Grande do Norte no dia 28 de Outubro de 1938. Cantor, produtor e compositor.

Foi um dos fundadores do Trio Mossoró -  em 1959. No ano seguinte trabalhou nas rádios Mayrink Veiga e Nacional. Depois da dissolução do grupo, seguiu carreira individual, de grande sucesso, com cerca de um milhão de discos vendidos. Em 1974 lançou o primeiro disco solo, o compacto duplo "O apaixonado" entre os seus grandes sucessos destacamos em seguida:


A telefonista (c/ Gilson Carlos) • Adeus solidão (c/ Barthô Galeno) • Agora vem você (c/ José Maurício) • Amor colorido (c/ Jony Peter e Francisco Gomes) • Amor que é amor (c/ Jacinto José) • Amor, amor (c/ Magno) • Aquela estrelinha (c/ Iranilson e Gilson Carlos)
"Eu hoje quebro essa mesa" o seu maior e grande sucesso sem dúvidas:

Fonte pesquisada:



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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Nahim - Cantor



Nahim Jorge Elias Júnior, o Nahim (Miguelópolis, 11 de agosto de 1952) é um cantor brasileiro. Começou a tocar aos 10 anos e formou seu primeiro grupo, o ""New Edition" na escola. 

Na década de 1980 foi descoberto pelo produtor Mister Sam que resolveu lançá-lo com o nome de Baby Face. Depois gravou dois compactos em inglês. 

Em 1981 gravou seu primeiro disco em português com o sucesso "Cala Essa Boca". Emplacou hits como "Dá Coração", "Coração de Melão", "Taka Taka", "Olhos Abertos", entre outros.

Naim foi um dos maiores vencedores do programa Qual É a Música? no Programa Silvio Santos do SBT

Em 2012 entrou para o elenco de jurados do programa Cante se Puder no SBT.


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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cauby Peixoto - Cantor


Cauby Peixoto Barros, ou simplesmente Cauby Peixoto (Niterói, 10 de fevereiro de 1931) é um cantor brasileiro.

Voz caracterizada pelo timbre grave e aveludado, mas principalmente pelo estilo "dândi", que inclui figurinos e penteados excêntricos. Em atividade desde a década de 1940, Cauby é conhecido no meio artístico como Professor. A família tinha a música no sangue; o pai tocava violão e a mãe bandolim; os irmãos eram instrumentistas, e o tio grande pianista.
Cauby também é primo do falecido cantor Ciro Monteiro.

Foi considerado pelas revistas Time and Life como: O Elvis Presley brasileiro. Convidado para uma excursão aos EUA, onde gravou, com nome artístico de Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston, cantando em inglês. De volta ao Brasil, comprou, em sociedade com os irmãos, a boate carioca Drink, passando a se dedicar mais a administração da casa e interrompendo, assim, suas apresentações.

Em 1957, Cauby foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma canção de rock em português, a canção Rock and Roll em Copacabana foi composta por Miguel Gustavo, autor da marchinha Pra Frente, Brasil.

O cantor foi acompanhado pelo grupo The Snakes, formado por Arlênio, Erasmo Carlos, Edson Trindade e José Roberto (o "China"), no filme "Minha Sogra é da Polícia" (1958), o grupo acompanha Cauby na canção That's Rock, composta por Carlos Imperial.

Cauby ainda gravaria a canção "Enrolando o Rock" da banda Betinho & Seu Conjunto, após esse rápida passagem pelo gênero, o cantor não voltaria mais a gravar canções de rock. Apenas em 1985, participaria com a banda Tokyo - do cantor Supla - num rock-bolero chamado "Romântica", composto pelos integrantes do grupo paulista.

Em 1959, retornou aos EUA para uma temporada de 14 meses, durante os quais realizou espetáculos, aparições na televisão e gravou, em inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o título de I Go. Numa terceira visita aos EUA, algum tempo depois, participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Durante toda a década de 1960, limitou-se a apresentações em boates e clubes.

A partir da década de 1970, fez aparições frequentes em programas de televisão no Rio de Janeiro, e pequenas temporadas em casas noturnas do Rio e de São Paulo. Em 1979 o roteiro profissional incluiu Vitória (ES) e Recife (PE), no Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga.

Em 1980, em comemoração aos 25 anos de carreira, lançou pela Som Livre o disco Cauby, Cauby, com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso (Cauby, Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros. No mesmo ano, apresentou-se nos espetáculos Bastidores (Funarte, Rio de Janeiro) e Cauby, Cauby, os bons tempos voltaram, na boate Flag (SP).

Em 1982 uma temporada no 150 Night Club (SP), com os irmãos Moacir (piano) e Araquem (piston) e lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores em disco, com sucessos como Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha), Recuerdos de Ipacaray (Z. de Mirkin e Demetrio Ortiz) e a valsa Boa-noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso).

Em 1989, os 35 anos de carreira foram comemorados no bar e restaurante A Baiuca (São Paulo), ao lado dos irmãos Moacir, Araquem, Iracema e Andiara (vozes). No mesmo ano, a RGE relançou o LP Quando os Peixotos se encontram, de 1957. Em 1993 foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio Sharp. Foi lançada pela Columbia caixa com 2 CDs abrangendo as gravações de 1953 a 1959, com sucessos como Conceição entre outros. 

Atualmente, apresenta-se nas noites de segunda-feira no Bar Brahma, tradicional templo da boemia paulistana, localizado na mais famosa esquina brasileira (av. Ipiranga com São João, em São Paulo, Brasil), em temporada que já dura há mais de oito anos, com ingressos concorridos.


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